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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Eu sei... eu sei...

... e vocês têm toda a razão!

Vá! Não pensem que estou outra vez a falar com o meu botãozinho, nada disso, ele anda saturado de me ouvir! Remete-se cada vez mais ao silêncio e quando abre a sua boquita pequenita cutxi cutxi é só para me dizer que nos ultimos três meses eu envelheci mais de dez anos, engordei mais de vinte quilos, perdi o sentido de humor, só reclamo, estou feia que nem um calhau, chata que nem uma sola de sapato e mais uns quantos predicados duros de ouvir... Mas, ele até tem a sua razão!

Moí e remoí, as suas curtas e precisas dicas, analisei-as ao microscópio, e não é que detectei o micróbio...

O malandro viveu três meses com sérios problemas de identidade, digamos que sofreu uma mutação por ele próprio imposta. Movimentou-se na área em forma de larva, arrastou-se pelas paredes que nem lagarta, pelo chão, que nem lesma... tentou virar centopeia e correr mais depressa que nem formiga, mas mesmo assim... nem aos calcanhares da caracoleta conseguiu chegar.

O tempo foi passando, depressa que nem sardanisca... olhava-se ao espelho e...

- Ó espelho meu, espelho meu!!! Diz-me... Diz-me... porque não consigo ser eu...

Este apenas lhe respondia com o reflexo da sua própria imagem, qual leoa depressiva, de pelo russo esgadelhado... Quando, certo dia, pela manhã, o botãozinho deixa escapar um desabafo...

- Ó égua de raça! Onde andas tu?

A larva desperta ao som de tamanho desespero, salta fora das lamelas, estica o pescoço, sacode as penas, ergue o nariz, prepara-se a rigor não esquecendo um par de botas altas que lhe ficam a matar, sai porta fora que nem um valente tornado, e... já do meio do patamar deixa escapar um dengoso...

- Aguardem-me que eu já volto!

A bicharada ficou boquiaberta, não entendeu nada e esperou impaciente o regresso de sua dama que saíra de rompante deixando atrás de si uma nuvem de poeira que teimava em não se dissipar.

Uma hora e pouco depois...

- Olá cá estou eu... a Cenourita de raça!

Ouvem-se sussuros vindos de todos os cantos da tasca, até as pulgas saltavam de contentes e, numa longa e forte aplausada, diz o botãozinho todo contente à sua bicharada:

- Voltou! Ela voltou! A nossa puro sangue está de volta! Yupi Yupi!

É verdade sim, a Cenourita voltou mesmo, voltou a si própria de quem fugiu há uns meses atrás. Não se deu bem com a mudança, não se adaptou ao clima de um mundo a castanho e dourado, tudo era demasiado ilusório e a cada dia que passava maior era o seu desencanto. Fazia-lhe falta a imponência, a audácia, a luzência e a resintência do seu tão amado de sempre!
O reencontro com o seu cavalo de ferro, a marca da sua vida, teve honras e continências, salva de tiros de canhões, medalhas de prata e galardões, confeties e balões...

E, desfilou pela tasca, no seu melhor, ao som de...




Então e não é que há por aí calhaus podres de bons?!?!

5 comentários:

Cinha disse...

Com que então seja Bem-Vinda menina Cenourita!!!!
Adorei o cabelo e principalmente as palavras!`
É assim mesmo!!!
Beijinhos grandes e Bom Natal.

anabenfica disse...

Feliz Natal e quem em 2010 voltes me força!!

Cá te esperamos.

Beijinhos

risonha disse...

ainda bem que estás de volta, se bem que ainda nem percebi bem o que se passou.

beijinhos e bom natal para ti minha querida.. obrigado pelo postal que adorei.

risonha disse...

ainda bem que estás de volta, se bem que ainda nem percebi bem o que se passou.

beijinhos e bom natal para ti minha querida.. obrigado pelo postal que adorei.

Tita Carré disse...

Oi adorei essa postagem sou sua seguidora ,gostaria q fosse minha seguidora também ,um feliz ano novo p\ vc e td a tua familia,beijokas.
http://agulhaetricot.blogspot.com
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