Os Meus Artigos

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Aos empurrões...

... e sob muitas pressões, finalmente hoje acaba este mês de turbilhões, confusões, implicações, multidões, lamentações, ilusões, hibernações, enervações, abstenções... tudo aos milhões!

E, como não quero pensar nem recordar o que me desgastou tanto este Agosto, de calor insuportável e a rebentar de adjectivos desprovidos de qualidade minima aceitável, apresento-vos o nosso simples jantar de ontem. Uma volta pelo frigo e outra pelo stock da engorda, restinhos de ingredientes a suplicar consumição urgente e saíu este:

TAGLIATELLE COLORIDO


massa tagliatelle de duas cores (al uovo e legumes)
1 cebola picada
1 colher sopa molho alho Heinz
1 colher sopa ketchup
azeite qb
sal qb
1 lata cogumelos fatiados
fiambre fatiado
1/2 lata milho
tomates cereja qb (do meu tomatal)
oregãos (muitos)

Em água a ferver e sal, deitei as massas a cozer al dente. Numa frigideira anti-aderente, coloquei a cebola, reguei de azeite e deixei cozinhar um pouco. Juntei os dois molhos, o de alho e o ketchup, os cogumelos, o fiambre e o milho. Envolvi bem e deixei cozinhar cerca de 8 minutos em lume brando. Massa já cozida e escorrida, acrescentei-a e voltei a envolver e deixar apurar um pouco no molho que se tinha formado. Retirei do lume, deitei num recipente de ir à mesa, distribuí tomatinhos cereja cortados ao meio e polvilhei com uma mão cheia de oregãos. Arrefeceu um pouco, porque com o calor que se tem feito sentir é impossivel comer quente, levei à mesa da esplanada da tasca, e... já está! Fácil e rápido como convém!

Com esta invenção de ultima hora espero voltar à cozinha que tem andado muito abandonada, e também espero que as temperaturas baixem um pouco para que eu consiga cozinhar!


domingo, 29 de agosto de 2010

Sunday's Music

Because...



I believe I can fly...

sábado, 28 de agosto de 2010

Não sei bem...


... o que se passa comigo!

O mês de Agosto quase a terminar, tempo tão bom, e eu... ainda não pus os pés na praia, não fiz pic-nics, não fui a nenhuma praia fluvial, barragem ou piscina, não passeei pelo campo, não comi sardinhas assadas com pimentos, e... não fiz ainda tantas coisas que gosto nesta altura do ano.


Ando fechada na minha conchinha, isolada do mundo, longe de tudo e de todos... eu sei que isto não vale, eu sei que andar assim não me leva a lado nenhum a não ser ao avolumar do desencanto que se tem apoderado de mim e do meu tempo, eu sei... afinal eu até sei o que se passa comigo...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Coisinha mai linda...

... da minha dona!


A minha Piu! É um doce de caturra e esperta até dizer chega!

De manhã, assim que ponho os meus ricos pézinhos fora da cama, desata numa piadeira desgraçada. Um corropio maluco de um lado para o outro dentro da gaiola e assim que chego à cozinha já ela me espera, prontinha para sair e passar o dia onde bem lhe apetece. Abro a porta da casinha dela e viro-lhe as costas, nem imaginam... fica possessa! Sai sozinha, atira-se para o chão e vem dar-me os bons dias com beijinhos nos meus pés. Ando eu de um lado para o outro na cozinha a tratar do pequeno almoço e ela a passear em cima de mim. Quando se cansa, vai de fazer o circuito habitual pela tasca, acho que vai passar a revista a ver se está tudo no sítio. Parece uma galinhita a gingar-se toda no andar e, o som das patitas dela no soalho de madeira... é o máximo. Passa pela familia felina feliz e faz-lhes a vénia matinal, eles olham para ela e deixam-na seguir o seu caminho. Volta para a cozinha, sobe um cesto e instala-se na asa dele, trata da sua higiene, passa a bico fino cada pena, sacode-se e fica à espera de conversa. Se passo junto a ela, pia que se farta e baixa a cabeça à espera de festinhas, se não lhe ligo, pia mais alto até que lá vai a Mãe Bela consolar a menina.

Tal como com os meus miaus, esta ave adoptou, sem que ninguém lhe ensinasse, todas as rotinas habituais da tasca. Se vou arrumar os quartos, vai ter comigo, se vou ao wc, vai ter comigo e empoleira-se na torneira do lavatório para se mirar ao espelho. Vaidosa, hein?! Quando me dirijo ao escritório, vai ter comigo, faço-lhe poleiro com o dedo indicador e aí vai ela toda contente explorar tudo o que se encontra em cima da secretária. Mas, é um perigo... pega tudo no bico e leva para onde quer e lá ando eu de cócoras à procura do que desapareceu. Quando se cansa deste "trabalho" todo, instala-se nas almofadas que estão no chão atrás da minha cadeira e por ali fica até se fartar, entre sonos pequeninos porque ao menor barulhinho fica logo alerta.

A esplanada da tasca é um oásis, para nós, para os miaus e para ela também. Esgueira-se para lá num tirinho, refila com a Pipoca assim que ela se aproxima pois é a que mais a chateia com a brincadeira.

Um domingo destes, acordei muito cedo e ela, claro deu logo o seu sinal. Voltei para a cama para dormir mais um pouco, mas a Piu não se calava. Ainda acordava a vizinhança e, eu levanto-me, vou buscá-la e ponho-a na almofada ao meu lado. Aos pés da cama dormiam os quatro miaus, um sono tão profundo que nem deram conta da minha saída. Deitei-me de barriga para baixo e face voltada para ela, a ver o que aquilo ia dar. Então não é que enfiou a cabeça debaixo da asa e ferrou-se dormir...

Perfeito! Até eu dormi mais duas horitas, descansada! E acordámos todos eram umas dez horas da madrugada!

O mais curioso disto tudo, é que se dão todos lindamente, miaus, piu e donas. E quem nos visita e vê estes filmes... fica de boca aberta.

E perguntam-me:

- Como é que é possível?
- Os gatos não lhe fazem mal?
- Tu aguentas-te com isto tudo?

E eu respondo:

- É a natureza que os faz serem assim! Apenas tratrei de apresentar a Piu aos miaus quando ela chegou.
- Mal? Eles? Nem penses! Cheiram-na, passam-lhe a patinha nas penas e só a Pipoca que é a bebé da casa é que corre atrás dela, mas nem uma unha lhe deita!
- Se m'aguento? Tem dias que nem dou por eles!


Os animais são fantásticos!!! Não acham?


* Não digam mal da cabeleireira que lhe cortou as penas da cauda! É que estvam tão feias de ela andar dentro d'agua, que eu agarrei e dei-lhe uma tesourada! Eheheheh



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

As palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras, orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta?
Quemas recolhe,
assim,cruéis,
desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade

domingo, 22 de agosto de 2010

Sunday's Music

Eu também sou boa pescadora!!! Eheheh



Mas não me saíu sardinha na rede, como previa... Atirei-me ao carapau com pimentos assados e brôa!!! A sardinhada terá que ficar para outro dia...

sábado, 21 de agosto de 2010

Tudo programado...

... para a saída de laurear a pevide, ontem à noite e, a latinha a fazer-se de esquisita!


A semana que passou foi do mais entediante que se passa imaginar e ontem ao acordar disse assim para a família felina feliz:
- Meus meninos! Logo à noite vou pôr as patas fora desta tasca! Ai vou vou!
Eles, primeiro a olharem-me fixamente e depois uns para os outros, numa troca de olhares e mexer de bigodes:
- Ai vais?! A que horas sais mesmo de casa hein?! E com quem?!
- Ó meninos! Francamente! Ond'équ'isto já chegou? Satisfações? A vocês?
- Ah pois! Quando acordas com ideias... hummm... é preciso muita cautela!

O dia decorreu normal e até mais animado do que os anteriores, pudera, a ideia estava lá... tudo voou e desandou nas minhas mãos e depressa chegou a hora de sair.

Chegada à garagem, a latinha mostrou-se em sintonia com a familia felina feliz. Dou à chave e nada, mais uma volta na chave e nada, um barulho estranho, e nada...
- Mau! Então tu também? Não queres colaborar? Não queres sair nem deixar sair?
Mais uma volta na chave, um esforço terrível para dar qualquer sinal de querer pegar.
- Mau! Mas tu queres contrariar-me? Olha que pego já no rasteirinho da Titó e tu ficas de castigo!
Mais uma volta na chave e a muito custo, lá pegou! Deixá-la trabalhar uns minutitos, umas aceleradelas, engatar a marcha à ré e lá sai ela como se nada a contrariasse. Atrás e já na rua, ouvia-se:
- E vamos nela assim?
- E se pára pelo caminho?
- E se ao voltarmos para a tasca ela não pega outra vez?
Eu, na minha calma usual:
- Não se preocupem... se não pegar, empurra-se! Se não andar, chama-se a assistência em viagem e vem de charola!
A minha querida latinha, ao ouvir estes pressupostos todos, arreganhou um belo sorriso na farolada dianteira de xenon e sem hesitações levou-nos e trouxe-nos aos destinos.
- Linda menina hein! - eu para ela, a mimar-lhe o capot e fazer-lhe festinhas nos espelhos laterais.
- Hummmm!!! Minha dona mais querida!!! - a minha latinha a colear-se de satisfação.
- Hey! Mas olha lá! Isto não vai ficar por aqui! Amanhã vou ligar ao teu médico de família e vais à consulta!
- Consulta? Mas eu estou bem! - ela com ar enjoado, tadita, detesta ir ao médico. E eu, diga-se de passagem que também não gosto nada de a lá levar. É que consultas da especialidade automóvel são sempre uma caixinha de surpresas. Nunca se sabe ao certo o que o doutor vai receitar, embora já tenhamos na ideia um rabisco do diagnóstico.

Hoje, a meio da tarde, lá vou eu e o Nino, com ela à consulta. Pelo caminho, um monólogo...

- Está bem lavado este carro, está está!
- Olh'ó tablier cheio de pó!
- Quem é que andou com os pés aqui? E ali?
- Olham'estes tapetes cheios de cinza!
Ao que eu respondia:
- Tum tum tum oliveira matos, no rego do... piiiiiii!

Chegados ao consultório do xô doutor, fomos logo atendidos. Abriu-lhe a porta barrigal, olhou-lhe p'áquelas tripas todas, testou aqui e ali, ligou-lhe um computador e, tungas! Diagnóstico completo!
-»Bateria
-»Erro de chave
-»E mais um erro qualquer que já não m'alembro!
Seguiu-se a medição da bateria, a extracção das velas. Bateria fraquinha fraquinha, velas impecáveis. Desmontagem de uma parafernália de coisas esquisitas (estas entranhas motoras são complexos, bolas!), montagem da bateria nova e mais potente (yes! Agora os arranques dão mais pica), montagem e verificação de mais uns orgãos esquisitos que não percebo nada e pronto! Consulta paga! Vá lá que o xô doutor de família é nosso amigo e a coisa ficou mais em conta, próxima consulta semi-agendada para já daqui a quatro mil quilómetros (e esta vai doer mais, substituição da correia de distribuição...) e regressámos à tasca num arranque apoteótico e em ameno diálogo...

- Eu sempre disse que era a bateria! - ele todo inchado.
- Pois disseste, mas eu também nunca disse o contrário! - eu, na boa.
- Começaste a dizer que eram as velas! - ele a querer conversa.
- Eu só disse que poderiam ser as velas! - eu, na boa.
- Por aquele tró-tó-tó-tó-tó-tó via-se logo que era a bateria! - ele a puxar pó desatino.
- Mas o único som que conheço de bateria é tchum tchum tchum tchecapum tchecapum pum pum! - eu, na música do costume.

E é assim, que um casal destrambelhado de todo, disserta ácerca de uma gripose da latinha da menina!

Ah! E depois de tudo isto, alguém quer saber onde foi a saída nocturna? Mesmo que não queiram, eu digo... eheheheh
Esta tachada de açorda de marisco e umas valentes bejecas, para inchar ainda mais aquela zona complicada de nome extremamente confuso, estomaco-abdomino-adiposo!


E... e também querem saber onde? Pronto, ok ok, mesmo que não queiram, eu digo... eheheheh

Onde se come muito bem
Seja pobre ou seja rico
Sem distinção para ninguém

P.S.: Não há foto das bejecas porque pode impressionar os mais sensivéis!
P.S. I: Prometo que depois de ir uns diazitos de vacaciones volto a fazer posts com algum jeito!
P.S. II: Amanhã há sardinhada! Se eu encontrar sardinhas...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dia Mundial da Fotografia

Porque hoje se comemora o Dia Mundial da Fotografia, deixo-vos esta imagem, fantástica no meu entender, e que me traz muitas recordações do tempo em que fazia TT.


Este local é conhecido por Poço dos Ingleses e situa-se algures na mata nacional perto de S. Pedro de Moel. A foto foi tirada num dia de verão e de muito calor e, na minha memória, deste local tenho os fantásticos dias de primavera e outono em que se descia a duna em direcção ao poço de água (que agora não existe)... Belos tempos!!!


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Refrescou o tempo...

... e ainda bem, porque eu já não aguentava aquele calor "ensurdecedor"!

A temperatura interior da cozinha da tasca chegou ao 30º, era impossível ligar o fogão ou o forno! Foram-se cozinhando pratos frios, saladas, massas e alguns grelhados rápidos acompanhados de legumes cozidos. Houve dias em que eu me arrastava, com uma moleza que mais parecia uma lesma, sem vontade de pôr o avental à frente, sem ideia do que cozinhar, moída, cansada, completamente estafada!

A minha sorte é que o Nino percebe bem quando eu não estou virada para os tachos e, ou vamos almoçar fora ou ele me diz:

- Não te preocupes com o almoço! Hoje sou eu que trato do assunto!

E eu, qual menina mimada, até dou pulinhos de contente! Um domingo em que quase não se respirava, ele sai de casa, vai ao pão e traz o almoço prontinho. Bacalhau com brôa, batatinhas assadas a murro e migas. Três à mesa, não contando com os miaus e a piu porque apenas nos fazem companhia, e comida que chegava para seis e ainda sobrava... Almoçámos super bem, a comidinha estava deliciosa e as postas de bacalhau eram altas, daquelas que se desfazem em lascas grossas, mesmo ao nosso gosto. Sobrou muito e eu que não sou míuda de estragar nada, muito menos comida, reservei as sobras no frigo dentro de um pirex. No dia seguinte, para o jantar, fiz um delicioso...

PASTELÃO DE BACALHAU


3 postas de bacalhau grandes e altas com brôa por cima
muitas batatinhas pequeninas assadas com a pele

Retirei as espinhas ao bacalhau e desfiei juntamente com a brôa. Retirei a pele às batatinhas e cortei-as em pedaços pequeninos.

2 cebolas picadas
2 dentes alho picados
azeite qb

Descasquei e piquei as cebolas e os alhos, deitei numa frigideira anti-aderente grande e reguei por cima com azeite. Liguei o bico do fogão e deixei cozinhar em lume brando alguns minutos. Acrescentei o bacalhau desfiado juntamente com a brôa e as batatinhas. Fui mexendo para envolver bem e deixei cozinhar mais um pouco.


6 ovos inteiros
1 ramo de coentros

Entretanto bati os ovos e juntei-lhes os coentros picados. Verti sobre o bacalhau e companhia e deixei cozinhar até notar que a mistura começava a ganhar alguma solidez. Com a ajuda de outra frigideira voltei para ganhar consistência também do outro lado e depois com duas espátulas comecei a criar forma ao pastelão. Virando de todos os lados para que ficasse devidamente cozinhado.



Levei à mesa e, foi cortado à fatia e acompanhado de salada de tomate!


Ficou divinal!


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quem te escreveu...

... que te leia!!!


Hoje andei a remexer papeladas, algumas mais antigas e outras mais recentes. Blocos, folhas soltas, mini agendas, guardanapos de papel, lenços de assoar, cartões de visita, post it's e até talões de compras, saíram do baú!

Desde acontecimentos reais, receitas de culinária, apontamentos para não esquecer, frases que me vêm à ideia, versos, pensamentos, números de telefone, e sei lá mais o quê... passaram-me pelas mãos e pelas vistas e, daí para o "arquivo cesto" que até já foi despejado no contentor do lixo. Eu sei que me vou arrepender, numa qualquer altura em que for à procura disto ou daquilo, mas... já não tem volta!*

Irritei-me solenemente com a minha caligrafia. Antes era bonita e toda certinha e ultimamente é só gatafunhada que nem eu consigo decifrar...

Amanhã vou comprar um caderno todo bonito, e vou escrever tudo o que me apetecer, e vou esmerar-me na letra manuscrita!


*Não destruí as agendas grandes que guardo ano após ano, são preciosas! E a culpa é toda dos teclados de computador!


domingo, 15 de agosto de 2010

Sunday's Music

Um convite à dança, e...



um dj que aprecio!

All the crazy shit I did tonight
Those will be the best memories.
I just wanna let it go for the night
That would be the best therapy for me.

Se ele diz... não se pode contrariar! ;)


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Uma perdição...

... da administradora da tasca!

Há uns dias atrás, em casa dos pais da minha amiga Paula, houve matança de porco. Andava eu a vaguear aqui pela tasca, nas jardinagens e na carneirice com a familia felina feliz, quando toca o meu telefone. Do outro lado, um convite para ir até ao campo. Como toda aquela família me conhece bem e sabe o que eu deliro com estas actividades... Já estavam prontas as típicas morcelas de arroz e decorria a tarefa de cortar a carne para os chouriços. Lá fui eu, que até me pinto, meter as mãos na carne fresca. Depois, segui-se a parte do têmpero.

- Anabela, o que é que costuma pôr no têmpero? - perguntavam-me elas.

E agora dizem vocês:
- A Cenourita? Mas algum dia a Cenourita encheu chouriços?
Ao que eu respondo:
- Não só enchi, como cortei as carnes, temperei, dei-lhes a volta milhões de vezes dentro do alguidar de barro, enchi, piquei, atei, pendurei ao fumeiro, e as voltei até estarem boas para a arca e para o prato!

Pois isto, já lá vão uns bons anos em que da minha vidinha faziam parte este tipo de trabalhos que eu adorava. Como tudo passou, agora até me regalo quando sou convidada a participar e fico toda inchada quando me perguntam como é que eu fazia... eheheheh

Tarefa concluída e lá vamos todos para a mesa, "encher a blusa" de morcela acabadinha de fazer com um belo de um pão caseiro e, como não podia deixar de ser, um tinto da casa para ajudar a digestão do petisco.

Na hora de regressar à tasca, espetam-me com um saco de carne na mão e, um grande dilema quanto ao destino a dar ao fígado do animal... Ora eu, que adoro fígado não podia recusá-lo.

- Leve, leve! Já está cortadinho em iscas e fininho! - dizia a D. Zulmira.

E eu trouxe, e eu deliciei-me, e eu babei-me, e eu empanturrei-me, e eu nunca me hei-de enjoar deste petisco!


ISCAS COM ELAS


fígado cortado em iscas
dentes alho qb
sal qb
pimenta branca moída na altura qb
1 folha de louro
azeite qb

Temperar as íscas na véspera de as cozinhar com o sal, os alhos esmagados, a pimenta e o louro. No dia seguinte, deitar azeite numa frigideira até cobrir o fundo. Deixar aquecer bem e colocar as íscas uma a uma. Depois de colocada a última, virá-las todas começando pela primeira. Tapar a frigideira e deixar cozinhar cerca de 15 minutos em lume brando e voltá-las pelo menos mais uma vez antes de retirar do lume.

Para acompanhar, só umas batatas cozidas com aquele molhinho tão característico por cima.

Mnham mnham mnham!!! Adoro Adoro Adoro!!!*


*só eu, porque o restante pessoal da tasca nem as pode ver!



terça-feira, 10 de agosto de 2010

Quem tem tomates...

... quem tem???

A hortinha da Tasca! Ohlarila! ;)


O primeiro de cerca de meia dúzia de tomateiros, está carregadinho de tomate-cereja e com o calor de ontem e hoje começaram a ficar com uma corzinha linda!
Espero bem que a Pipoca Maria e o Napoleão Manuel não dêem conta deles...


domingo, 8 de agosto de 2010

Sunday's Music

Com estas temperaturas...



... será que estamos em África???

*questões de quem anda desnorteada

sábado, 7 de agosto de 2010

Para rir...

... ou isto será um caso muito sério???



A meio da tarde de hoje, e depois de um momento dedicado a ouvir musica para descontraír a massa esquelético-musculo-adiposa, tirei a latinha da garagem, accionei o ar condicionado automático, e pressionei play no cd. Tocava dance music. Fixe! Mesmo na onda! Aumentei o volume do som e tomei a direcção do espaço comercial onde necessitava mesmo mesmo mesmo fazer uma aquisição imperiosa de carácter utilitário cá para a tasca.

O percurso foi curto, deu para ouvir a musica até ao fim, estacionar em frente à porta (como convém), arrastar os pés até à rampa rolante, dar meia dúzia de passos e apanhar a escada rolante (sim, qu'isto de dobrar os joelhos com este calor, não é exercício fácil), arrastar mais um bocadinho os chinelos (que pareciam ter cola na sola) e chegar ao tão almejado local.

O aparelho já ía bem definido e escolhido na ideia, mesmo assim, ainda dei uma vista d'olhos noutros utilitários que começam a alongar uma pequena wishlist, para me manter actualizada e ao mesmo tempo a par de preços e promoções (qu'isto de ser uma rica gaja e não uma gaja rica, não pode ser assim toma lá dá cá). Voltinha ao espaço comercial, concluída, caixa com o utilitário a adquirir, debaixo do braço e, rastejando o chinelo em direcção à caixa para efectuar o devido pagamento lá vou eu que nem lagarta deslembrada... um blá blázinho com o rapazinho que até era simpático, mas, coitado, não sabia esclarecer nada do que eu lhe questionava...

- Deve ser novo aqui. - dizia eu para os meus chinelos.
- Assim não vai longe. - respondia-me o chinelo esquerdo.
- Habilita-se a ir recambiado pó desemprego. - o chinelo direito já a fazer-lhe a folha.
- Calem-se os dois aí em baixo que o rapaz ainda percebe! - eu, para o par que me levava de arrastão.

Caixa no saco, conta a pagar a aparecer no visor.

- São $%,/) €! - o rapazito, tímido.

Saco do cartão MB, ele enfia-o na ranhura.

- Ok, código, ok. - o rapazito, acanhado.
- Uh! Deve julgar que é a primeira vez que uso cartão MB! - eu para os meus chinelos.
- Primeira vez! Eheheheh! - o chinelo esquerdo.
- Nunca vejo dinheiro a sair-te da carteira... puxas sempre dessa coisa de plástico! - o chinelo direito já a atazanar-me a molécula.
- Shiuuuu aos dois! Alguém vos perguntou alguma coisa? - eu a perder a paciência com aqueles trastes.

Seguem-se uns segundos de silêncio, e:

- Desculpe! Código errado! Temos que repetir a operação! - o rapazito com um sorrisinho manhoso.
- Uh! Código errado? Ok, repita se faz favor! - eu incrédula.

Segue-se a repetição da operação, e:

- Desculpe! Temos que tentar de novo! Código errado novamente! - o rapazito a mostrar um sorriso ainda mais manhoso.
- Oh vocês os dois aí em baixo! Estão a ouvir-me! Parem lá a risota! O código é este, sempre foi este e eu sei-o de cor há anos. - eu a perder os sentidos.

Mais uma repetição de operação, e mais uma mensagem de código errado...

- Desculpe, não estou a perceber o que se passa... - remexo na carteira à procura de papel vivo e e de valor enquanto o rapazito fixa os olhos em mim certamente a julgar-me... a sentenciar-me de que surripiei o cartão a alguém e estava ali a fazer cambalacho.
- Mais uma vez queira desculpar-me, devolva-me o cartão por favor! Vou pagar em dinheiro. - ufff!!! eu a suar de nervoso miudinho que nem uma galega, lá encontrei dinheiro que chegava para pagar a conta e ainda tinha direito a uns trocos...

Naquele momento e perante o episódio, se me perguntassem o nome, a morada, o número de telefone, quem sou, onde estou, o que ali fui fazer... não sabia responder. Tinha-se-me esfumado toda a caixa encefálica, senti-me como que a boiar em espuma, daí não acertar com o código do cartão. Arrojei os chinelos até à escada rolante que me levou até ao piso inferior, estranha, esquisita, completamente pasmada. Até que ouvi:

-Olá! Olá! Olá!

Viro o robot que existia em mim em direcção ao som e, uma carinha bonita e simpática dirige-se a mim...

- Olá! Tudo bem? É a mãe da Titó não é? - dois beijinhos trocados com um grande sorriso.
- Ah! Olá Verónica! Sou pois! - foi ali, naquele encontro que soube quem era, saí da personagem que se instalara em mim e que ainda não percebi como e, reencontrei-me comigo e com a Verónica, menina mai linda!

Depois dos cumprimentos e alguma conversa, retomei a descida em direcção ao local onde estacionara a minha latinha. Incrível, fui lá ter sem me perder. Abri a porta e entrei. Sacudi a crina que se m'apegava ombros abaixo, chave na ignição e regressei à tasca. Com o mostrador digital do painel a acusar autonomia para apenas trinta quilómetros, nem na estação de serviço pude parar para abastecer... continuava sem me lembrar o código do cartão multibanco...

Vamos ver se o pouquinho gasóleo que resta no depósito não evapora com este calor... senão, ainda fico a penantes...


Valha-me Santo Ambrósio!


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sexta feira...

... e se eu fosse uma pessoa normal, estaria aqui a dar pulos de contente e a dizer:

- Thanks God! It's Friday!


Mas, não sou ou não estou normal!

Ultimamente, para mim, ser segunda-feira, sexta-feira ou ser domingo é tudo igual! São apenas dias da semana que correm velozmente, desinteressantes, rotineiros, cansativos... e eu tenho pó, camadas e camadas de pó às rotinas, farto-me, enjoo-me, corroo-me por dentro e por fora. Transporto resmas de ideias que não pagam bilhete e, não as consigo pôr em prática, nem a mais simples mas que não depende só de mim. Carrego pequenos sonhos que, apesar do peso diminuto, me enfraquecem até ao tutano, e não os consigo realizar. Abarco as minhas fragilidades e as dos outros... não vou a lado nenhum, não me "deixam" ir a lado nenhum assim...

Resta-me pensar e dizer:

- Thanks God! Tomorrow is saturday! And... I hope, it'll be a good day, a different day!

Nem que me desunhe toda...



terça-feira, 3 de agosto de 2010

4 & 1 Quarto

Mais uma partilha literária com quem é cliente habitué da tasca e mais uma contribuição para a Academia dos Livros!

Este foi o último livro da autora Rita Ferro que acabei de ler. Já me passaram outras obras escritas por esta mulher que trata as letras e as palavras como um bom português. Gosto da forma como ela aborda certos temas e como os passa a todos que a lêem, sem pudor nem cerimónia trata tudo pelos nomes e adjectivos que a história impõe, como é o caso deste romance.


Provocador. Protagonizado por um casal perfeitamente normal, cúmplice e feliz, cujo casamento parecia estável, até ao momento em que num impulso louco de busca por novas experiências íntimas, puxam literalmente para eles, um homem inseguro, frágil, inadaptado na sua própria vida. Mais tarde, aparece uma mulher, amiga da primeira e totalmente desconhecida do marido. Com um passado mal resolvido acaba também por ser atraída para aquele jogo desconhecido. Os quatro, na incessante busca de novos prazeres, respostas para as suas dúvidas e inseguranças acabam por se magoar recíprocamente. Esta espécie de devaneio e consequente envolvimento perturba-os a todos de uma forma estranha e acaba da pior forma.


Sinopse:

4 & 1 QUARTO conta a história de um casal que, num momento de desejo ou tédio, esquece as convenções para atrair à intimidade um homem e uma mulher. São quatro numa cama, como se fosse natural.Mas não será sempre natural, o sexo? E mesmo que fosse: brutalizará ele o amor? Aqui, as duas mulheres revivem um segredo da puberdade, os dois homens descobrem-se e atrevem-se, e, embora extraviando-se da identidade e da pertença, jamais se perdem do Amor.
Um romance simultaneamente cru, humano, brutal e perverso, que aborda questões sensíveis como a tentação homossexual, a ambiguidade da amizade entre mulheres, as tensões sociais entre pessoas de diferentes origens e a persistência do contencioso feminino, apesar da evolução dos homens. E não só: insinua que os pecados da carne, com a sua presunção de culpa ou inocência, gozam de menos impunidade do que quaisquer outros. Como se a moral respondesse a quem a desafia, a Natureza não perdoasse a quem a subverte e a sociedade actual, parecendo moderna, permissiva e livre, se conservasse tão inclemente como deuses no paraíso.

Um romance que prende o leitor, pela curiosidade, pela ambiguidade de sentimentos, pela expressão da escrita.



domingo, 1 de agosto de 2010

Sunday's Music

Depois de um fim de semana de vida social muito activa...



...recheado de peripécias completamente loucas (que superaram as menos boas) regressei agora, de mente e espírito renovados!

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