Os Meus Artigos

domingo, 25 de novembro de 2012

Sunday's Music

Relembrando velhos tempos...


 
 
Com votos de uma excelente semana a todos! :)
 
 


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

- Vens comigo aos Amores?

 
- Vou pois!
 
 
 
E se um cavalheiro vos convidasse a ir aos Amores? Alguém tinha coragem de recusar?
 
Ora eu, não tive! Aceitei de imediato e lá fomos os dois. Comecei por abrir a porta do lado do pendura para entrar no latão do cavalheiro (que se fosse mesmo mesmo mesmo cavalheiro ter-me-ia aberto ele), e...
- Ops! Eu deveria vir de chinelinho de quarto, não?!?! - o tapete brilhava de limpeza de tal modo que até tive medo que um simples grão de areia da calçada pespegado à sola do meu sapatinho de cinderela se enfiasse naquelas nesgas imaculadas.
- Uh! 'Tás parva? - ele a disfarçar a despreocupação.
- Ok! Fica tranquilo que eu não pouso aqui os pés... vão no ar e assim aproveito para fazer uns abdominais! - eu a mostrar cuidado e tentar passar a imagem de grande desportista.
- Opah! 'Tás memo parva, hoje! - o cavalheiro a esforçar-se por ser simpático.
Seguimos o caminho que nos levava aos Amores. Virar aqui, virar ali, seguir por acolá.
- Olh'á linha do combóio! Pára!
- Não páro nada, tem cancelas e estão abertas!
- Mas pára-se sempre e olha-se para os dois lados!
- Ai que tu 'tás impossívelmente parva hoje!
Muita conversa pelo caminho até chegar ao destino, Os Amores, e na volta até à cidade.
- Viste? Viste aquele carro que se cruzou connosco?
- Eu não!
- É igual ao do fulano tal, só que o dele é preto!
Mais blá blá blá atropelando conversas e deixando outras a meio, e...
- Viste? Viste os faróis daquele? E os espelhos laterais?
- Eu não! Não vi nada!
Blá blá blá e conversas que não chegam ao fim com tanta interrupção, e...
- Viste? Viste aquele BM branco? E a gaja que ia a conduzir que mal se via?!
- Ah! Era telecomandado! - eu a fazer de conta que tinha visto.
- Ah! Afinal vês tudo como eu! - o cavalheiro todo convencido.
Mais blá blá blá e conversas sem princípio, meio, nem fim, e...
- Opah! Vê! Vê aquela carrinha que vai cruzar connosco! É feia todos os dias!
- Qual carrinha? - eu que não tinha visto nada.
- Então não viste? Passou mesmo agora por nós...
Ainda olhei pelo retrovisor, ainda me virei para trás, ainda me esforcei para ver a dita carrinha, quase fiquei com um torcicolo e não consegui ver a p*ta da carrinha. A inconveniência da curva e contracurva não me permitiu alcançá-la e eu... fiquei muito chateada. (cof cof cof)
Chegámos aos Amores. O cavalheiro tratou do assunto que o lá levara. Eu acompanhei. Fizémos o caminho de volta à cidade e, os carros, os modelos, os condutores, os espelhos, as jantes, as antenas, os faróis, as escovas limpa pára-brisas, os combustivéis, os cavalos, o óleo, os capots, os tectos de abrir mais os panorâmicos e mais os normais, as centralinas, os pneus, os estofos, os liquídos de refrigeração, os sensores, as caixas de velocidades, os travões, os chassis, os cruise control, as suspensões, as pastilhas, os tapetes... ai os tapetes é que me tiram do sério... ai se o cavalheiro entrasse na minha latinha... ai que os tapetes estão um nojo... ai com a chuva dos últimos dias e mais o entra e sai e mais a falta de vontade de os sacudir...ai os tapetes... qual sacudir?... ai que aquilo tem que ser mas é lavado, bem esfregado e envernizado e mais qualquer coisa terminado em "ado"... ai que vergonha... ai que tenho que lavar a minha latinha... ai que tenho que lhe fazer uma higienização de cima a baixo... ai que se tenho que dar boleia a alguém é uma vergonha... ai os tapetes... ai que nojo... ai que nem consigo contar as pedras quanto mais os grãos de areia enfiados nas nesgas dos tapetes da minha latinha... ai que vergonha a minha...
- Viste? Viste? Viste aquela carapaça com rodas? E anda, pah!
- Não, não vi!
- Então não viste? E a fumarada do escape? Aquele é que não circula nem nos subúrbios de Lisboa! Não me digas que viste?
- Ai digo, digo! Não vi, não!
- Mas o que é que tu vês, melher?!
- Olha, vejo os campos, as casas, os jardins, as folhas caídas na beira da estrada, as chaminés a fumegar... E vi, um gato naquela janela, um cão preso à corrente naquele quintal, as laranjeiras carregadas de laranjas, e naquele terreno um lindo couval, uns canteiros de nabiça que dá gosto, troncos de árvores mortas alinhados e amontoados com destino marcado, uma senhora idosa que caminhava pela beira errada da estrada, e vi as nuvens e uns rasgos de céu azul e também vi o sol, vi tudo e não vi nada.
- Olha! Olha! Vê!
- Vejo o quê?
- A matrícula daquele...
- Ai o tapetes!
- O que foi? Queres parar com a cena dos tapetes...
- Ao deslumbrar-me com a paisagem esqueci-me e relaxei os pés nos tapetes, e...
Não me deixou dizer mais nada!
 
E agora prezados leitores, vós já tendes ido aos Amores? Vós sabeis o caminho para os Amores? Vós estais curiosos em saber onde ficam os Amores?
 
Os Amores, como eu e o cavalheiro lhe chamamos, é uma freguesia do concelho de Leiria. O nome dela é Amor e reza a história que associado a este baptismo está uma lenda do tempo do rei D. Dinis. Podem ler tudo aqui.
 
- Ai os tapetes!



domingo, 18 de novembro de 2012

Sunday's Music




Votos de uma Boa Semana!
 
 
 

domingo, 11 de novembro de 2012

Sunday's Music

Dois Sunday's Music sem outro post pelo meio... ai ai qu'isto anda mesmo paradito...



...
Ninguém te vai parar, perguntar...
Fazer saber... Porquê?
Por isso vê, não basta ir, voar, seguir,
O cerco ao fim,
Aperta, trai, morde, engana a sorte, cai,
...
 
Ums excelente semana a todos :)
 
 

domingo, 4 de novembro de 2012

Sunday's Music




What doesn't kill you makes you stronger, stronger...


Oh grande verdade!

A todos uma excelente semana :)

sábado, 3 de novembro de 2012

Gosto, mas...

... tem dias que não me apetece ou então, estou do contra!
 
Gosto de arroz... mas tem dias que prefiro batatas.
Gosto de companhia... mas tem dias que prefiro estar só.
Gosto de vermelho... mas tem dias que o castanho é a minha cor.
Gosto de conduzir... mas tem dias que prefiro ser conduzida.
Gosto do sol... mas tem dias que é a lua que me enche a alma.
Gosto de escrever... mas tem dias que não suporto o peso da caneta.
Gosto de cozinhar... mas tem dias que nem consigo entrar na cozinha.
Gosto de passear... mas tem dias que nem quero pôr os pés fora de casa.
Gosto de ler... mas tem dias que não há concentração possível.
Gosto de rosas... mas tem dias que as papoilas são as minhas flores preferidas.
Gosto de havaianas... mas tem dias que me sinto melhor descalça.
Gosto de rir... mas tem dias que os meus músculos bochechais se negam a colaborar.
Gosto de ouvir... mas tem dias que me apetece tapar os ouvidos.
Gosto da chuva... mas tem dias que só o sol me alegra.
Gosto de chocolate... mas tem dias que lhe viro a cara.
Gosto de carteiras e malas... mas tem dias que um simples saco de plástico me serve perfeitamente.
Gosto de música... mas tem dias que me esqueço de a ouvir.
Gosto de mel... mas tem dias que a sua doçura me amarga tanto.
 
Gosto de milhões de outras coisas... mas tem dias que nem me lembro que elas existem...



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sapatos Italianos


Foi o primeiro livro que li de Henning Mankell, o tão conhecido autor de famosos policiais e literatura infantil e adorei este romance!
Uma narrativa maravilhosa e por vezes desconcertante sobre a vida de um homem aprisionado da sua própria vida e que tem como companhia apenas um cão e uma gata e um ninho de formigas. Refugiado na sua ilha onde apenas recebe a visita do carteiro, carrega com ele o segredo de um erro cometido quando de repente, uma visita inesperada o obriga a regressar ao passado e a partir daí nada será como ele esperava.
Desencontros, doença, família, sofrimento, acaso, oportunidade, desconhecimento, encontros, medos, descobertas... a vida de um homem numa viagem perturbadora e estranha num cenário único e totalmente imprevisível.
Sinopse:
Fredrik Welin passou os últimos doze anos da sua vida numa ilha do Báltico rodeada de gelo, tendo como única companhia o seu cão e a sua gata, e como única visita o carteiro. Um dia, vê uma figura aproximar-se lentamente e percebe que nada voltará a ser o mesmo. A pessoa que vem perturbar o seu exílio autoimposto é Harriet, a mulher que ele abandonou sem qualquer explicação há quase quarenta anos. Harriet diz vir obrigá-lo a honrar uma promessa que ele lhe fizera, mas Fredrik está prestes a descobrir que o seu reaparecimento esconde outra surpresa...
Um livro daqueles que prende o leitor. Um livro que classifico de excelente e que recomendo vivamente!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Meu querido...

... mês de Novembro!
 
 
 
Chegaste frio e com aguaceiros e hoje, no teu primeiro dia, não me importei com isso. Trouxeste na bagagem o cheirinho das castanhas assadas. Não lhes toquei, só as cheirei e não me importei com isso. Trouxeste o aroma de um assado no forno para o almoço em família que se espalhou pela casa e soube-me bem. Trouxeste a dose de descanso que eu tanto necessitava e soube-me bem. Trouxeste movimento e alegria a esta tasca e soube-me bem. Trouxeste serenidade que me permitiu ler e até escrever e soube-me bem.
Estás a pensar que te vou pedir alguma coisa? Não, não vou! Apenas te quero agradecer pelo dia de hoje!
 
 
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