Os Meus Artigos

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Bolo Pudim de Côco

Um fim de semana passado entre ligeiras tarefas domésticas e muiiiitttaaa leitura!

Depois de, no sábado, ter lido um livro e no domingo ter iniciado a leitura de outro, também passei as vistas por vários livros de culinária. Apetecia-me fazer um bolo, tinha uma sugestão óptima que tinha visto num blog e que queria muito fazer, mas... fui verificar o stock da engorda, faltava-me um ingrediente e não me apetecia sair de casa só para o ir buscar.

- Hummm... Tem que ficar para outro dia!

Comecei por folhear um e depois outro e ainda mais uns quantos livros de culinária, passei para os meus Cadernos de Receitas, aqueles que têm anos e anos e já de folhas manchadas e amarelecidas e acabei por me decidir por uma preciosidade que há muito tempo não fazia, que satisfaz as delícias dos gulosos cá do sítio e que satisfez muito bem outros gulosos que nunca o tinham provado e ficaram fãs.


250 gr açucar
190 gr farinha
150 gr manteiga sem sal
60 gr côco
1 colher de chá fermento em pó
3 ovos
10 colheres de sopa de leite

Derrete-se a manteiga e depois de arrefecida bate-se muito bem com o açucar. Juntam-se as gemas dos ovos, seguidas da farinha com o fermento e o leite. Batem-se as claras em castelo firme (adiciono-lhes sempre uma pitada de sal) que se juntam logo à massa envolvendo muito bem. Por fim, deita-se o cõco e envolve-se tudo. Deita-se o preparado numa forma de bolo inglês previamente untada com óleo ou manteiga (usei pela primeira vez o óleo em spray, super prático) e farinha e vai a cozer em forno pré-aquecido a 180º cerca de quarenta minutos. Enquanto o bolo coze no forno, prepara-se o molho.

1 chávena açucar
1 chávena leite
3 cascas limão

Mistura-se tudo numa caçarola e vai ao lume. Deixa-se ferver um bom bocado para apurar, retiram-se as cascas do limão e verte-se este molho sobre o bolo assim que este acabe do cozer e ainda dentro da forma. Deixa-se ensopar bem e arrefecer um pouco e só depois se desenforma. Salpica-se por cima com uma mão cheia de côco e...


... é de babar! ;)



domingo, 30 de janeiro de 2011

Sunday's Music

Um domingo a chegar ao fim...



... e Boa Semana para todos!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Siddhartha

Há muito que este livro esperava na minha estante. Quando terminei a leitura do anterior, levei-o para a mesa de cabeceira, mas ultimamente não tenho conseguido ler antes de dormir. Deito-me tarde e a leitura acaba por ficar à espera de uma oportunidade melhor. Certos livros, gosto de me concentrar totalmente, sem qualquer interferência de alguêm, sem interrupções, sem barulho. Hoje tirei a tarde para me mimar e há melhor mimo do que fazer aquilo que se quer, à hora que se quer e sem tempo marcado? Para mim, uma tarde inteira de leitura com mini intervalos para dar uns goles na chávena do chá e com o ronronar doa miaus deitados aos meus pés como som de fundo é do melhor.


Absorvi palavra a palavra deste livro, que considero dos melhores que já li. Um livro que todos deveriam ler, que nos deixa a pensar e que nos dá uma grande lição de vida, que nos mostra as escolhas que fazemos depois daquilo que nos é ensinado de berço, a busca incessante no nosso próprio "EU", das nossas conquistas, do que é importante e daquilo que conseguimos abdicar e que realmente nos dá a felicidade. Uma filosofia de vida, sem dúvida muito peculiar.


Siddharta é um romance escrito por Hermann Hesse, um dos maiores escritores alemães. Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1946. A sua primeira publicação foi em 1922 e conta passagem da sua vida e pensamento durante a sua estadia na Índia em 1910, inspirado na tradição contada de Siddhartha Gautama, o Buda. O livro trata basicamente a busca pela plenitude espiritual, e o alcance de estados em que a mente humana se encontra absolutamente completa e plena.


Apetecia-me transcrever o livro inteiro, mas apenas vos deixo este excerto:


"Olhou satisfeito para o rio, nunca a água lhe agradara tanto com esta, nunca compreendera tão clara e profundamente a voz e o significado alegórico da água que corre. Parecia-lhe que o rio tinha algo especial para lhe dizer, algo que ele ainda não sabia, que ainda o aguaradava. Olhou afectuosamente para a água, para o seu verde translúcido, para as linhas cristalinas dos seus contornos cheios de segredos. Viu pérolas cintilantes emergirem do fundo, bolhas de ar flutuando serenamente no espelho de água, reflectindo o azul do céu. O rio olhava para ele com mil olhos, verdes, brancos, cristalinos, azuis celestes. Como ele amava esta água, como ela o fascinava, quão agradecido lhe estava! Ouvia a voz falar-lhe no seu coração, desperta outra vez, dizendo-lhe: Ama esta água! Fica junto a ela! Aprende com ela! Sim, ele queria aprender com ela, queria escutá-la. Parecia-lhe que quem compreendesse esta água e os seus segredos compreenderia muitas outras coisas, muitos segredos, todos os segredos. Mas hoje, dos segredos do rio ele via apenas um, um segredo que enchia a sua alma: aquela água corria continuamente, corria sempre mas estava sempre ali, para todo o sempre a mesma e, no entanto, a cada momento nova!"


Talvez pelo meu modo de ser, de estar e por todos os ensinamentos que tenho adquirido ao longo da minha existência, assimilei a "mensagem" a cem por cento. Este é um dos livros que irá estar sempre perto de mim para reler parágrafos sublinhados sempre que sinta necessidade.


Uma obra que todos deveriam ler!



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Já dizia Lavoisier...

... "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma"

E sempre que digo ou ouço esta frase, recordo-me das aulas de química de há tantos tantos anos atrás, da lei da conservação da massa, do reboliço das experiências, dos ataques de histeria da professora e das fantasias de alguns amiguinhos que encenavam uma espécie de circo para que o laboratório explodisse a qualquer momento e a stora fosse pelos ares!
Nunca aconteceram explosões estranhas nem a professora voou pela janela ou pelo telhado com as ventas farruscas, os cabelos desgrenhados e o fato saia-casaco esfanicado. O meu 8º ano de escolaridade foi o mais louco que possam imaginar... mas não, não imaginam! Ai seu eu pudesse voltar atrás... fazia tudo igual! Ou, sabendo o que sei hoje... com muito mais classe! Eheheheh

Bem, mas voltando à lei de Lavoisier, que se cumpre totalmente aqui na tasca, vamos lá contar o que não se perdeu a partir do que se criou e que posteriormente se transformou.

Do lombo acelerado, que por sinal era muito grande, sobrou cerca de metade. Como não se pode desperdiçar nada e muito menos comida, e como há muito tempo não fazia um valente empadão... aqui vai disto!


EMPADÃO DE CARNE


fatias de carne sobrantes, picadas na 123
1 chouriço de carne cozido, picado na 123
1 cebola grande picada
1 tomate maduro picado
2 dentes alho picados
1 folha de louro
1 ramo de salsa picado
1 fio azeite

Tudo no wook, bem envolvido, em lume brando e durante breves minutos (até a cebola ficar cozinhada).

1 embalagem de puré batata congelado (da marca da casa do xô Belmiro, que é o único que a Titó gosta) e que é muito rápido de confeccionar seguindo as instruções da embalagem.
3 gemas ovo

Puré feito. Uma camada no fundo do pirex, depois uma camada da carne picada e por fim outra camada de puré. Gemas dos ovos batidas e espalhadas por cima. Uns efeitos especiais feitos com um garfo para dar mais graça ao aspecto final e pirex para o forno a 2ooº para alourar.


Uma saladinha de alface e... Já está!


Não m'enfarrusquei, não me desgrenhei e também não me esfaniquei com muita louça suja e fez-se tudo num ápice!


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Picuinhices minhas...

... e o tempo que voa e um almoço para fazer!

Se há coisa que me entretém, é passar uma manhã em pijama, andar pela tasca nas tarefas da rotina diária e sem dar conta das horas. Ela é arrumar os quartos, separar e pôr roupas a lavar, limpar os wc's da gataria, aspirar o chão, pôr roupa a secar, regar as ervas aromáticas, tirar umas folhas secas desta ou daquela planta, abrir um armário ou uma gaveta para arrumar uma qualquer peça, e... de repente, armário vazio. Despejo, limpo, tiro coisas que vou acumulando e que chego à conclusão de que só estão a ocupar espaço e não me sirvo mais delas. Volto a arrumar e a trocar coisas de sítio. É o tira daqui e guarda ali. Tomo o embalo da arrumação e quando dou por mim, em vez de mexer só naquele armário já tenho a guerra montada pela casa toda.

- Mãe Bela! Não vais fazer o almoço?

No meio daquele tira-limpa-deitafora-guarda-trocadesítio-arrumadaqui-desarrumadali, está quase na hora da refeição e o lombo de porco nem temperado foi.

- Xiii... Era para assar lombo no forno...

Mas, dona de casa que é dona de casa não entra em stress. Há uma lei que impera e que se aplica sempre nestas ocasiões. A lei do desenrascanço. Que, se aplicada convenientemente, resulta num grau de excelência por vezes maior do que qualquer esmero de passar uma manhã inteira na cozinha e não fazer mais nada. E o almoço foi lombo de porco assado no forno e imaginem uma Cenourita em fast motion a preparar o almoço em tempo curto.


LOMBO DE PORCO ACELERADO


1 peça lombo de porco
sal qb
massa de pimentão qb

Ligar o forno a mais de 200º para aquecer rápido. Esfregar a carne com o sal e a massa de pimentão e colocá-lo num tacho.

3 dentes alho esmagados
1 copo vinho branco
1 fio de azeite

Espalhar o alho esmagado e bem picado. Deitar o vinho branco e o azeite. Acender o bico do fogão.

3 cebolas médias

Juntar as cebolas descascadas e inteiras. Tapar o tacho e deixar cozinhar virando a carne de vez em quando.

batatinhas novas qb

Lavar bem as batatinhas e não descascar. Colocá-las no prato do micro-ondas e levar a assar cerca de quinze minutos (o meu micro-ondas é do séc. XV, por isso, muito lento). Ir virando a carne dentro do tacho.

1 farinheira de cogumelos

Retirar as batatinhas do micro, colocar lá a farinheira bem picada com um palito, cerca de três minutos. Retirar e reservar.

Tirar a carne do tacho (estava ainda crua por dentro). Fatiá-la com a faca eléctrica. Colocá-la na assadeira com muito jeitinho. Retirar a pele às batatinhas, cortá-las (umas ao meio, outras em quartos) e dispô-las em volta da carne. Cortar a farinheira em pedaço e pôr por cima das batatas. Pôr as cebolas por cima da carne. Regar tudo com o molho do tacho.

tomilho qb

Salpicar com tomilho e levar ao forno durante cerca de quinze minutos para acabar de cozinhar a carne, alourar as batatinhas e tomar o sabor da farinheira e o aroma do tomilho.

Enquanto isto, acabei as arrumações - estas picuinhices que em certas alturas me servem de terapia ocupacional do corpo e da mente - e a mesa foi posta a rigor, e:

- Pessoal!!! Almoço pronto!!! Bora pá mesa!!!


Ufff!!! Escrevi este post à mesma velocidade que fiz o almoço!!! Até estou cansada... ;)


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Borralheiros...


... é o que eles são!

Está frio lá fora, mas cá dentro o ambiente é climatizado. Mesmo assim, a família felina feliz parece que anda sempre a bater o dente. Nestes dias soalheiros deitam-se a dormir a sesta na caminha da marquise, à janela. Lá bate o sol a tarde inteira e eles... até ressonam. Aquilo parece uma estufa de criar gatos!

Quando o sol se põe no horizonte, correm para a cestinha da sala, à lareira. Enroscam-se uns nos outros para caberem todos, olham para a Mãe Cenourita, olham para a lareira que só tem as cinzas da noite anterior e, suplicam:


- Mãe Bela! Vá lá... acende a lareira...
- Meninos, aguardem só mais um bocadinho que ainda é cedo!
- Ron ron ron ron...

O vício da lareira não é só dos miaus. As donas também são borralheiras. E a lenha... de uma tonelada já resta pouca, e se o frio se prolongar por muito tempo... não vai chegar. Resta-nos aumentar a temperatura ambiente na caldeira do aquecimento...


domingo, 23 de janeiro de 2011

Sunday's Music

Apeteceu-me ouvir...



...


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Tantas tentativas falhadas...

... mas nunca desistir de conseguir!
Desde que me conheço a traquinar no meio dos tachos, dos ingredientes e do fogão, era eu ainda uma criancinha, nunca consegui fazer um pudim molotof. Ou crescia demais e depois de sair do forno encolhia tanto que mais parecia uma bolacha. Ou ficava todo queimado. Ou não se desenformava. Ou se estrampalhava todo. Aquilo era sempre um drama e asseguro arrisquei mesmo muitas vezes e sempre com a convicção de que um dia sairia perfeito e comestível.
Ultimamente tenho-me dedicado um pouco a tentar resolver esta espécie de falhas consideradas graves no centro existêncial de uma cozinha, que é a minha!

PUDIM MOLOTOF


12 claras de ovo
12 colheres sopa de açucar
1 pitada de sal
manteiga qb

Comecei por ligar o forno e deixar que atingisse a temperatura de 200º. Bati as claras com uma pitada de sal em castelo bem firme. Fui juntando o açucar aos poucos com o cuidado de o envolver bem nas claras. Barrei uma forma com manteiga. Deitei o preparado e levei a cozer em banho-maria mais ou menos durante quinze minutos. Desliguei o forno, abri ligeiramente a porta para o calor ir saindo lentamente e só depois de quase frio é que retirei o pudim (não abateu nadinha). Desenformei-o.

250 gr açucar + 1 colher sopa de açucar baunilhado
2,5 dl água
6 gemas de ovo
2 colheres sopa leite

Bati as gemas com o leite enquanto foi ao lume o açucar com a água que deixei ferver alguns minutos, mexendo de vez em quando. Retirei do lume e deixei arrefecer um pouco. Juntei o batido das gemas com o leite e envolvi tido com a ajuda da varinha mágica. Voltei a levar ao lume mais uns minutinhos até engrossar e mexendo sempre. Quando achei que já estava no ponto certo, retirei e cobri o pudim com este creme de ovos. Levei ao frigo a arrefecer e... na hora de o servir até eu fiquei surpreendida com o resultado... Consegui!



São servidos?


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As primeiras orquídeas...

... deste ano, no meu jardim!




Lindas! :)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O misterioso caso...

... do pão brioche!
Hoje à hora de almoço vesti o meu fato de Sherlock Carrot, acendi o cachimbo, peguei na lupa e... fui inspeccionar a máquina de fazer pão e o famoso pacote de farinha que se riu para mim. Ou ter-se-á rido de mim???

Inspeccionei, inspeccionei, inspeccionei... e não detectei absolutamente nada de anormal. Tudo no sítio. E a receita foi confeccionada sem enganos. Coloquei o avental, apaguei o cachimbo, qu'isto de cozinhar tem regras básicas de higiene, mantive o chapéu na cabeça para prevenir um cabelito acidental na massa, pousei a lupa em cima da mesa e, vai de repetir a dose do dia anterior porque o meu desejo de pão brioche estava ainda mais acentuado e não me conformei com o resultado da experiência do dia anterior.

- Não correu bem à primeira... há-de correr à segunda! Ou eu hoje não me chame Sherlock Carrot! *

A máquina mantinha-se em cima da bancada da cozinha. Medi a quantidade de água, de óleo e de farinha indicadas no pacote. Deitei na cuba, primeiro os liquidos e depois a farinha. Programei para pão normal, cozedura clara e peso máximo. Pressionei o botãozinho On e ao mesmo tempo sussurrei:

- MFP e FPB (maquina fazer pão e farinha de pão brioche), se pensam rir-se da minha cara... vão as duas parar ao galinheiro mais próximo ou ao curral da Ti Zulmira!

Livrei-me do avental, reacendi o cachimbo e fui à minha vidinha de lupa em punho para a qualquer momento e sem aviso prévio, investigar o laboro. Um primeiro lance de vigia e lá estava a pá a misturar os ingredientes. Uma segunda espiadela e a massa repousava qual sono cândido de bebé. À terceira investida, a inspectora Carrot depara-se com isto:


- Ehlah! Isto é tudo ou nada! Já chega, não cresças mais qu'ainda transbordas!

Faltava ainda cerca de uma hora para a MFP acabar o seu trabalho e quando acabou, o resultado foi este:


- Ca ganda Pão Brioche! Não há fome que não dê em fartura, lá diz o ditado, e agora é que eu vou matar os desejos!

E sinceramente, não percebi porque correu mal a primeira vez. Fiz tudo igual e tenho a certeza que ninguém abriu a tampa da máquina enquanto ela trabalhava! A não ser que... algum dos meus miaus estivesse curioso para saber o que dali ía sair...

Miss Sherlock Carrot despiu a farda de agente detective e sentou-se cómodamente à mesa da tasca a lanchar uma bela fatia de Pão Brioche com fiambre (anda afastada das manteigas) e um valente copo de leite de soja frio.

- Hummmm... Delicious!


* Qualquer semelhança entre esta história da vida real e uma qualquer da ficção literária, é pura coincidência!


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

É nestas alturas que eu lamento...

... a falta de um galinheiro cheio de poedeiras a cacarejar ou um curral com um porquito a grunhir!!!


Numa das minhas recentes idas ao abastecimento do stock da engorda da tasca e ao passar as vistas pelo linear das farinhas, deparo-me com um pacote vermelhinho da marca da casa a rir-se para mim. As gargalhadas eram de tal forma contagiantes que cheguei ao fim do corredor a rir-me também. Inversão de marcha no veículo de carga que já levava os produtos em falta anotados na cábula e vamos lá ver de que é que aquele quilo de farinha tanto se ri.

Retirei-o da prateleira, li a descrição do conteúdo, e... agradou-me! Hoje decidi que uma fatia de pão brioche com fiambre para o lanche não caía nada mal.



Máquina de fazer pão em cima da bancada da cozinha, lá dentro a água, o óleo e o meio quilo de farinha (conforme indicações da embalagem). Ligar à corrente, programar e...


... que resultado tão desastroso!

Ao apitar da máquina, corri para o retirar e deparei-me com esta coisa esquisita que só me fez lembrar uma caixa de cartão com massa crua lá dentro... e quando o retirei da cuba era um autêntico bloco de quatro ou cinco centímetros de altura...

O que terá corrido mal? Deficiência do preparado? Deficiência da máquina?

- Cócóró cócó! Quiquiriquiqui!
- Oinc! Oinc! Crunch! Crunch!

Isto são as galinhas e mais o galo e mais o porco a saltar de contentes por irem comer o brioche! Ou não! Arghhh!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Sunday's Music

Comemorando o 32º aniversário da maior banda rock nacional...



... Para Sempre, Xutos & Pontapés!

(tinha que ser esta a música escolhida, deliro com o som da guitarra)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pecado Cremoso...

... ou, o efeito de lamber os beiços!!! (ops! a colher)

A minha iogurteira tirou uns longos meses de férias. Não me avisou e eu nunca percebi porquê. Cheguei a equacionar a hipótese de excesso nas horas de trabalho. Mas, nas instruções de manuseamento do aparelho e para garantia de satisfação do produto final, ela tem que trabalhar dez a doze horas seguidas e sem descanso, tendo depois, pelo menos dois a três dias de folga. Esta, não seria, de todo, uma justificação plausível, mas... nunca se sabe o que passa pela cabeça de um electrodoméstico!

Há dias, ao abrir o armário que resguarda os pequenos aparelhos de grandes ajudas na cozinha, deparo-me com ela, encolhidinha a um canto com a balança digital a fazer-lhe peso em cima e, perguntei-lhe:
- Yogurella! Porque deixaste de trabalhar para mim?
Então não é que ela me avivou a memória na sua resposta!
- Hum... parece qu'enjoaste iogurtes!
Xiii... nem queiram vocês saber! Ela tinha toda a razão e andava eu a pensar mal da rapariga! Desde o passado verão que não me apetecia comer iogurtes, mas depois deste petit tête-a-tête, combinei logo com ela todos os detalhes do seu regresso à obragem. E que regresso... ;)


IOGURTE CREMOSO DE LEITE CONDENSADO


700 ml leite
100 ml leite condensado
3 colheres de sopa de leite em pó
1 iogurte natural

Juntar todos os ingredientes. Misturá-los bem com a varinha mágica e deitar nos copinhos de vidro. Colocar na iogurteira e tapar. Ligar à corrente e deixar a fermentar durante doze horas. Faço sempre à noite para de manhã os retirar, colocar as tampinhas e frigorífico com eles.

Bem... depois de uns mezitos de interregno, saíram uns iogurtes para lá de bons! Pouco doces, super cremosos e maravilhosos! Quais iogurtes cremosos das marcas xpto que se vendem aí pelos supermercados, quais quê... :)


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Diário dos Infiéis

Cruzei-me com este livro algures numa livraria. Como faço sempre, li a sinopse, desfolhei e li algumas passagens. Logo ali me senti presa ao romance que aborda a vida de quatro casais, as suas experiências nas relações amorosas, os sonhos que se revelam numa realidade bem diferente, a frustração que se instala nas suas vidas, as voltas que dão no sentido de se sentirem amados e desejados... enfim, uma realidade descrita em forma de diário e reveladora de cenários familiares que cada vez mais caracterizam uma grande parte da nossa sociedade dos dias de hoje.

Já levava no braço uma boa dose de leitura e, o Diário dos Infiés de João Morgado ficou-me na cabeça. Pouco tempo depois, fui buscá-lo.

Quatro casais, oito personagens e a pergunta que nos assalta quando percebemos o fim: ainda me amas? Não sabem o que os faria felizes, nem se lembram do dia em que sentiram o peso da solidão, em que se amaram ou se desejaram. Hoje, não se reconhecem, não têm coragem para mudar de vida, para assumir o fim e procurar noutro amor o caminho de volta para o compromisso maior: ser feliz. Num diário de emoções íntimas, falam na primeira pessoa do que sentem em relação a si e aos outros. Concluem que, cada um à sua maneira, todos foram infiéis: por pensamentos, actos ou omissões. Com vidas entrelaçadas, cada um descreve no diário a sua viagem pelo mundo do sexo, do desejo, do pudor, do egoísmo, do amor-próprio, do envelhecimento, do sonho, da morte… Enfim, a matéria-prima da qual é feita a existência de gente vulgar. «Sobre nós ninguém escreverá um romance», diz uma das personagens.
Talvez desconhecendo que todos os dias a vida nos ensina o contrário.

«Só gostamos de uma mulher quando gostamos do seu cheiro. Quando tudo nos leva a bebe-la, como um chá quente, excitante, aromático. Se não gostarmos do seu cheiro não conseguimos ama-la, nem na pele nem na alma. Podemos ser amigos, companheiros, nunca amantes. Amar é beber um cheiro. É transporta-lo para dentro de nós»

...

«Newton descobriu a Lei da Gravidade quando um corpo de mulher lhe caiu em cima. A maçã foi a desculpa bíblica para o seu pecado original da atracção mútua dos corpos»

...

«Sentia as rajadas de água em guerra com as vidraças da janela. E quase podia imaginar o ondular das árvores e a água a escorrer no alcatrão da estrada, como escamas de um peixe negro. Em que pensas? - perguntou-me. Em como esta chuva inesperada deve ter apanhado de surpresa muita gente sem chapéu…respondi! Foi a coisa mais idiota que podia ter dito a uma mulher, no reencontro de uma paixão de vinte ano»

...

«Estou certo de que te amo e temos tudo o que sonhámos para ser felizes, excepto o facto de sermos uns tristes!»

...

«A tentação de eternizar é infernizar. Pelo contrário, o efémero pode-se tornar perene, desde que vivido no tempo justo. Até a Bíblia tem um número limitado de páginas e não deixa de ser um livro sagrado»

...

«Abomino a morte e o sofrimento, como se fosse a baba do demónio a cair-me no rosto. Gosto de pensar que sou mais que um corpo…»

...

«A vida é tão efémera que só o desperdício da felicidade pode ser considerado um pecado sem perdão»

...
in Diário dos Infiéis

Sobre o Autor
João Morgado nasceu na Covilhã. Formado em Comunicação pela Universidade da Beira Interior, fez um mestrado na Universidade Pontifícia de Salamanca e trabalhou alguns anos como jornalista. Actualmente, escreve crónicas de opinião, colabora com o semanário SOL, é director do site Kaminhos.com, formador e consultor de comunicação e imagem no meio empresarial e político. É autor de Covilhã e A Estrela, Covilhã e a Imprensa – Memórias do Primeiro Século – 1864/1964 e da Colectânea de Poesia Contemporânea da Beira Interior. Diário dos Infiéis é o seu primeiro romance.

A Minha Opinião
Gostei muito de ler este livro. Apreciei o género da escrita e a forma como as histórias de várias vidas é contada, numa espécie de relato individual de cada personagem. Um autor nacional que me cativou e que vou esperar por novidades suas, nas prateleiras das livrarias!



segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Afinal, até que me dava muito jeito...

... um instrumento de corte característico de qualquer açougue ao virar da esquina!

Não comecem já aí pensar coisas estranhas qu'eu não sou moçoila dada ao corte por peso e medida, nem ao corte e cose, e muito menos à violência. Vá... há cortes, que faço, mas isso são outras matérias que dispensm utensílios cortantes e se regem por factos e acontecimentos ao longo da vida. Mas, vamos lá ao que me faz falta na gaveta da cozinha. Um cutelo! Isso mesmo!

Ora, há uns dias atrás, o Nino aparece-me aqui na tasca com um embrulho de plástico resistente branco que largou no chão da cozinha e que, automáticamente despertou os gatos do soninho tranquilo que dormiam e os fez correr até ali e não dar descanso às suas células olfactivas.

- Vamos lá almoçar rápido para depois o desmanchar! - ele já a arregaçar as mangas.
- Tadito do borreguinho! - eu assim para o desconcertada.
- Uh! Não te vai saber bem comê-lo? - ele danadinho para o ter já no prato.
- Pois, mas... a ver estas coisas... qualquer dia deixo de comer carne! - eu assim nem sei bem como.
Pois lá que o bicho foi desmanchado, foi. Sem cutelo para ajudar a partir os ossos mas com força d'homem que outrora fora caçador e que já fizera muitas tarefas destas e, que graças aqui à Cenourita... já me diz:

- Agora nem um coelhinho que se m'atravesse no caminho... até me desvio! - ele a transbordar compaixão.
- Yes! Yes! Yes! - eu toda contentinha.

De modos que, ontem para o almocinho, mesmo com uns pedaços assim para o grandito, saíu este:



ESTUFADO DE BORREGO COM CENOURA E BATATA A MURRO


1 kg borrego (mão e lombo)
2 cebolas
2 cenouras
3 dentes alho
1 folha louro
2 dl vinho branco
1/2 copo água
1 colher sobremesa de massa pimentão
sal qb
azeite qb
1 raminho coentros
batatinhas novas qb para acompanhar

Esfreguei os pedaços de carne com sal e a massa de pimentão. Juntei as cebolas e os alhos picados, depois as cenouras em pedaços grandes, o louro e um raminho de coentros. Adicionei o vinho diluído com água e reguei com um fiozinho de azeite. Levei ao lume, brando, a estufar lentamente. Quando o estufado estava quase apurado, lavei bem as batatinhas e levei-as a assar no micro-ondas. Retirei-as e dei-lhes um murro bem suave para não as esborrachar. Servi num alguidar de barro alentejano, onde primeiro coloquei a carne, à volta, as batatinhas que reguei com o molho e enfeitei com coentros.

Acompanhámos com, Quinta dos Currais Tinto de 2008 e, inevitavelmente, umas fatias de pão caseiro! Mnham mnham mnham...



domingo, 9 de janeiro de 2011

Sunday's Music

A escolhida...



... entre todos os habitantes da tasca!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ao longo da época natalícia...

... fiz um acordo com a Família Felina Feliz!

- Meninos! Vão lá tirando uma bolinha e mais uma estrelinha do pinheiro de natal, mas... não destruam tudo hein!!!
- Remiau! Renhaunhau!
- Pronto! Está bem! Trepem pelo pinheiro acima, mas... só de vez em quando!
- Nhaunhau! Remenenhaunhau!

Sou uma sortuda! Tenho a melhor Família Felina Feliz que alguém pode desejar! Durante todo este tempo eles divertiram-se com grande classe, tirando um e, depois outro, enfeite da árvore de natal. Jogaram uma espécie de hóquei em patas com uma e outra bola pela casa fora. Fizeram malabarismos com algumas estrelas vermelhas cintilantes e outros tantos anjos dourados. Praticaram escalada tronco acima e espreitaram pelo meio das braças, com aquele olhar maroto que... ao cruzar-se com o da Mãe Bela, produzia uma certa ventania. Aquilo era o salto mágico para sair dali p'ra fora sem eu ter tempo de articular o que quer que fosse. Eles, à vez, praticaram o desporto favorito típico desta época e, eu... o que podia fazer??? Se eles se divertiam, eu divertia-me também. Uma repreensãozita e... largava-me a rir!

Ontem, foi o dia de desmontar e guardar os enfeites. Fui ao sótão buscar a caixa da árvore e outra onde guardo as decorações. Cheguei com ambas à sala e, o delírio começou. Foi a loucura total do esconde-salta-pula-corre-e-volta-a-esconder, nas caixas.

- Vamos lá meninos! Chegou a hora! Ajudem-me lá conforme combinámos e aproveitem que hoje deixo-vos brincar à vontade!

Fizeram-se de orelhas moucas. Não quiseram saber de bolas, de anjos, de estrelas, de pais-natais nem de luzinhas. O esconde-salta-pula-corre-e-volta-a-esconder estava louco demais para deixar de lado e... as bolas, os anjos, as estrelas, os pais-natais e as luzinhas já tinham mesmo passado o prazo da validade. Caixas, uma comprida de cartão e outra alta e quadrada de plástico eram o grito da brincadeira. E eu, sem ajuda, sem cumprimento de acordo, fui desmanchando e arrumando. Fui ocupando o espaço de diversão deles com os objectos que já não lhes suscitavam admiração...

Depois de tudo arrumadinho, limpinho e tranquilo... foi a luta por um lugar no cesto, à lareira. O merecido descanso dos protagonistas das mais malucas brincadeiras.


- Miau! Remimimiau!



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

"Dizem" que ando de poucas falas...

... e quanto menos falo, menos me apetece falar!


- Fala!
- Falo o quê?
- Qualquer coisa!
- Uh!

E, quanto menos como, menos me apetece comer!
E, quanto menos... é melhor parar por aqui qu'ainda sai disparate!

E pronto! Por hoje é só isto... vou ali acabar de ler o meu livro, que por enquanto ainda é o que me apetece fazer!



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Desta cozinha...

... só têm saído refeições ligeiras!

Não que tenha exagerado com as iguarias das festas natalícias, nada disso. Até me portei muitíssimo bem para a época. Comecei por não fazer doçaria "para dar e vender" e nos salgados, não cometi pecados :)

Depois, também ando assim um bocadinho para o sem vontade de caprichar. Tudo muito básico. Cozidos e grelhados com legumes e saladas a acompanhar. Hoje, deixei maruca a descongelar para o jantar. Pensava fazê-la cozida com batata, cenoura e bróculos, mas... diga-se de passagem que me apetecia uma comidinha diferente. Como não tinha sopa feita, resolvi o assunto de outro jeito...

SOPA DE MARUCA E DELÍCIAS DO MAR


3 postas de maruca
8 barritas de delícias do mar
1 courgete grandita
2 cenouras também granditas
1 cebola
1 mão cheia de massinha cotovelinho
sal qb
azeite qb
cebolinho qb

Numa panela levei a cozer a courgete, as cenouras e a cebola. Ao mesmo tempo coloquei o peixe que retirei logo que estava cozido e pronto a desfiar. Desfiei de pele e espinhas e reservei. Os legumes acabaram de cozer, triturei e acrescentei as massinhas e um pouco de sal. Deixei cozer e juntei o peixe desfiado e as delícias cortadas em rodelas. Deitei um fio de azeite. Servi nos pratos com o cebolinho picadinho.


Fácil, rápida e ligeira... Ficou uma sopinha maravilha!



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pudim Estrela de Chocolate...

... chamei-lhe assim porque o deitei num recipiente em forma de estrela. E o nome assenta-lhe que nem uma luva, pois... não é só uma estrela, é mesmo cinco estrelas!

Repesquei-o da Colmeia da Abelha. Tenho a certeza que a Milú não se importou nada com isso, até porque, quando ela o divulgou ao mundo, eu avisei logo que me estava a provocar com guloseimas que eu nem deveria cheirar, mas... um dia não são dias e eu tinha mesmo que o confeccionar. Com uma diferença, de forma tradicional por mim adaptada já que o tal robot não faz parte das minhas ajudantes de cozinha.


350 ml de leite
200 ml de natas
100 gr chocolate em barra culinário
2 pacotes de cuajada
50 gr de açúcar

Levei ao lume a derreter, o chocolate juntamente com as natas, mexendo sempre para não pegar. Juntei o conteúdo das duas saquetas ao açucar e adicionei. Deitei o leite a ferver, envolvi bem com a preciosa ajuda da varinha mágica e deixei cozer cerca de três minutos. Coloquei na forma, arrefeceu e foi ao frigo até chegar a hora de o provar... Hummm! Super prático, pouco doce, fresco, e delicioso!



domingo, 2 de janeiro de 2011

Sunday's Music

Let's get it started...



... o ano, a bombar!!!

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