Os Meus Artigos

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Peguei num limão...


... e perguntei-lhe se me curava a má disposição!

Algumas mezinhas bem conhecidas, outras nem tanto, mas sabe-se que o limão é o rei dos frutos curativos. Da saúde à higiene, do sabor ao aroma e da sua vasta espécie de utilização, é verdadeiramente uma jóia da natureza. 
E eu hoje precisava de algo assim cheio de poderes que me sossegasse a alma. Pensei em coisas doces e só me vinham limões à idéia.
- Oh céus! Mas o limão é amargo...
Olhei para a fruteira e os limões riam-se para mim.
- Oh céus! Mas o limão é azedo...
Tentei desviar o pensamento dali e direccioná-lo para algo doce e reconfortante que amarga e azeda já eu ando, mas não valeu de nada. O limão agarrou-me e ganhou.* 


BOLO DE NATAS E LIMÃO



200 gr açucar amarelo
4 ovos inteiros
200 gr farinha
1 colher de chá de fermento em pó
1 pct natas
1 limão grande (raspa e sumo)
1 colher de sopa de açucar em pó

Liguei o forno e enquanto aqueceu a 180º bati os ovos com o açucar amarelo até ficar uma mistura cremosa. Juntei a farinha e o fermento e envolvi bem. Adicionei as natas e a raspa do limão e voltei a envolver bem. Foi ao forno a cozer em forma de chaminé untada com margarina e polvilhada com farinha durante +/- cinquenta minutos. Enquanto isso, fiz uma ligeira calda com o sumo do limão (que era grande e muito sumarento) e uma colher de sopa de açucar em pó, levando a mistura ao lume e deixando ferver um pouco. Depois do bolo cozido e de arrefecer ligeiramente, desenformei e reguei com a calda.

Feito na hora de almoço e enquanto tratava de uma série de tarefas domésticas, e desejosa que chegasse a hora de lanche para lhe aplicar a faca e dar a generosa da trinca.

Um bolo fofo e pouco doce e o autêntico sabor do limão. Ficou delicioso.


*[eu amarga + limão amargo] = ?
Agora resta-me saber se o princípio "mais é menos" vai fazer efeito. Depois conto, se o estado de humor ficou doce qb


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Sunday's music, and...


... take it easy!

- Cenourita Maria! Já andas outra vez numa de vir aqui só ao domingo dar música que ninguém ouve ao pessoal?
- Calma, calma, calma!Pois parece que sim! Mas é preciso muita calma e calma é coisa que não tem abundado. Pois, por isso, venho aqui deixar este som antigo e que adoro para não me esquecer que é preciso mesmo muita calma!

 


Com votos de uma boa e calma semana a todos os que por aqui passam!


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

E hoje é o dia mundial do gato!


"Os gatos"

Há um deus único e secreto
em cada gato inconcreto
governando um mundo efémero
onde estamos de passagem

Um deus que nos hospeda
nos seus vastos aposentos
de nervos, ausências, pressentimentos,
e de longe nos observa

Somos intrusos, bárbaros amigáveis,
e compassivo o deus
permite que o sirvamos
e a ilusão de que o tocamos



Manuel António Pina (escritor)




O que eu gostava... que todos os miaus tivessem uma família, um lar feliz!


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Sunday's Music, and...


... shake that!

Pois que ontem, vinha a mademoiselle Cenourita e sua cria miss Titó no rasteirinho vermelho a ouvir música e a cantarolar. Passa este êxito ainda relativamente recente na rádio e,  ficamos as duas a matutar...

- Mas que raio... como se chamam estes caramelos?

Som que passou em tudo quanto foi sítio até à exausão e que até os putos cantavam e dançavam e mademoiselle e miss nada de se lembrarem.

- Ó Mãe Bela! Eu até fazia step ao som disto...
- Pois... mas num ma'alembro, caramba!

E foi agorinha mesmo, que a branca passou e nos alembrámos... ai a cotice é tramada!






E é por isto, que hoje vos desejo uma excelente semana ao som destes ganda malucos!


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Hoje é o quê?


- Renhaenhaunhau!
- O que é isso Pupuli?
- Nhanhau Renhaunhau!
- Ah!!! É dia dos namorados...



Marradinhas e turrinhas logo ao acordar. Depois começa a guerra entre eles para ver quem recebe mais mimo. É uma festa! E é todos os dias!

- Renhenhuaunhau!
- O que é Pupuli?
- Nhau nhau nhenhenhau!
- Ah! É o Petit e a Lira? Estão a namorar, deixa-os estar...

O Amor é lindo! 


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Da pesada, ou comidinha reconfortante para o estômago...


... num dos dias deste inverno!

Dizer que ando farta de inverno e de chuva e de frio parece-me certo porque é verdade, mas também me parece errado porque afinal é nesta estação que estamos e temos que nos aguentar à bronca e de cara alegre. Eu disse cara alegre? Xiça pah! Se há coisa que não tenho trazido é cara alegre. Nem preciso de me ver ao espelho. Sinto a minha expressão fechada e carrancuda. Sinto os músculos do rosto descaídos tipo amortecedor que deu o berro e não há força nem mola que o faça erguer. Haver, há! Eu é que não a vejo e... está mal, está muito mal! Mas eu sei que ela está lá, por detrás das nuvens. 

- Vá lá nuvenzinhas! Colaborem! Deixem os raios de sol rasgar-vos um pouco a pele e brindar-nos com a sua luz! 

Tenho tido conversas deste género com as nuvens, mas as marotas fazem ouvidos moucos e não me ligam nenhuma... E, numa tentativa de ver desaparecer expressões sombrias e, no seu lugar, sorrisos rasgados, fiz uma sopa da pesada. Uma sopa de feijão com legumes, massa, enchidos e carne. Ah valente!

- Ehlah! - e um sorriso de orelha a orelha.
- Sopa da pedra? - outro sorriso enorme.
- É tipo isso (como se diz agora)! - e lá se mexeram os meus músculos também.

SOPA DE FEIJÃO COM CARNE



feijão seco qb (cozi cerca de 0,5kg)
vinagre qb
azeite qb
sal qb
2 cenouras
1 cebola
1 couve coração
1 mão cheia de massa cotovelinho
2 pedaços de pernil de porco 
1 farinheira 
1 morcela
1/2 chouriço
1 molho de coentros frescos

Comecei por colocar o feijão de molho em água abundante e um fio de vinagre e temperar a carne com sal, deixando ambos assim durante a noite (de uma dia para o outro). No dia seguinte, retirei a água e os feijõezitos que ficaram ao de cima e lavei o feijão já demolhado por várias águas. Tirei o sal à carne. Levei o feijão a cozer com água limpinha, uma cebola e um fio de azeite. Noutra panela, cozi a carne. Depois de cozida retirei-a com a ajuda da escumadeira e na mesma água cozi os enchidos. Depois do feijão cozido, retirei uma taça cheia deles inteiros e triturei o restante. Fui acrescentando caldo de cozer a carne até fazer um puré ao meu gosto, assim grossinho. Já com a panela ao lume novamente, juntei as cenouras cortadas em pedaços pequeninos, a couve cortada e de seguida as massas e, à medida da necessidade, fui juntando caldo da cozedura da carne e enchidos. Enquanto os legumes e as massas cozeram, cortei a carne em pedaços pequenos limpando-a de ossso e gorduras (ficaram algumas daquela pele que eu adoro) e cortei os enchidos em rodelas. Antes de retirar do lume, juntei os feijões inteiros, a carne, as rodelas dos enchidos e polvilhei com os coentros cortados.

E foi a panela à mesa! E acompanhou-se a sopa com brôa!

- Hummm... que maravilha! Há quanto tempo não comíamos uma sopa de feijão assim?

Naquele momento, o sol deu um arzinho da sua graça espreitando por entre as nuvens... fiquei com a idéia de que queria provar a nossa sopa :)


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Esticar ou apertar...


... o tempo? Como se ele fosse um elástico...

(imagem retirada da net)

Estou a imaginar um elástico com vinte e quatro metros de comprimento. Estou a imaginar que cada metro corresponde a uma hora de um dia. Não toco no elástico. Ele está direitinho sem estar esticado ou enrolado. Vou-me a ele e, aí sim, enrolo-lhe sete ou oito metros. Os metros correspondentes ao tempo que preciso dormir para renovar as energias. Não os corto porque são preciosos. Uns dias, restam-me dezasseis metros, outros, dezassete, para usar a esmo. Enrolo mais um metro. O que preenche o tempo que passo à mesa nas principais refeições diárias. Sobra muito elástico, muitos metros, muito tempo. Depois vou enrolando meios metros. Meio metro para isto, meio metro para aquilo. Fixo os olhos no elástico desde o novelo já enrolado até à ponta que se mantém quieta. Ainda vejo metros suficientes para tanta coisa. Contínuo inadvertidamente a enrolar centímetros. Centímetros para aqui, centímetros para ali. Ah! Ainda tenho metros suficientes para tudo o que estabeleci para este comprimento de tempo. Penso. Depois, e com uma certa inquietação, apercebo-me que o novelo está mais gordo, parece que se enovela sózinho. Menos metros disponíveis. Às vezes, stresso. Outras vezes, relaxo. Às vezes consigo atingir o objectivo traçado. Outras vezes, fico lá perto. Outras ainda, fico muito aquém. E outras, nem é bom pensar, parece que aqueles metros todos decidiram enredar-se contra mim.  E quando há insónias? Não há metro nem centímetro de elástico que me salve. E stresso. E contínuo a stressar.

Nota mental a reter:
Amanhã tens outros vinte e quatro metros de elástico. Não o estiques que pode rebentar. Não o apertes que pode encolher. Não lhe dobres as pontas. Não lhe faças dobras a meio nem vincos em qualquer circunstância. Não lhe dês nós. Mantêm-o direitinho e usa cada metro com o melhor do bom senso que conseguires. E relaxa! Porque cada milímetro daquele teu elástico é precioso e com ele podes fazer tanto do que desejas, nem que seja um bocadinho a cada vinte e quatro metros!


domingo, 9 de fevereiro de 2014

Sunday's Music


A banda sonora da minha vida nos últimos dias...




A todos, uma boa semana!


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O estranho caso...


... do frango que depois de morto e esquartejado e congelado e descongelado exigiu não ser tradicionalmente temperado e cozinhado e ainda ser fotografado até ir para o prato! Vá lá, as últimas palavras que disse foi que o podíamos comer de faca e garfo e o acompanhamento poderia ser a gosto! 

Foi isto, ou a falta de disponibilidade ou de vontade de o confeccionar de outro modo...

Nunca fui pessoa dada a usar temperos artificiais ou rápidos ou pré-preparados, como lhes queiram chamar mas, há um tempo atrás falaram-me dos sacos que vão ao forno e que já trazem o preparado todo em pó e que é só "deitar tudo lá pa dentro" e que nem suja o tabuleiro e que nem dá trabalho e que é super rápido e ultra prático e que é muito bom. Decidi-me a experimentar e, confesso, que já fiz algumas vezes. Já experimentei temperos diferentes e já os testei em frango e costoletas de porco e até já testei um de peixe. Sem dúvida que é excelente para aqueles dias em que não apetece fazer de outra maneira e a receita é  infalível.

Apresento-a em fotos, porque me deu para isto e a ilustração passo-a-passo diz tudo. Ah e assim também vos poupo de irem ler aquelas letras canininhas que vêm na parte de trás da embalagem ;) 
Usei um frango caseiro grande e dois pacotes do preparado. Acompanhei com puré de batata e salada de alface. O vinho era tinto da península de Setúbal e de 2004. Disseram os comensais, que parecia vinho do Porto pela cor e que escorregava que era uma maravilha e que combinava bem com os sabores da carne. Três pessoas à mesa e desapareceu tudo! Ah comilões, pah!

Cá vai:

FRANGO EXIGENTE E COZINHEIRA COM PREGUIÇA













E vocês, já experimentaram? E gostaram ou nem por isso?


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Sunday's Music


Pois, parece que este fim de semana todos os caminhos foram dar ao Meo Arena... Uma estrela mundial da música actuou lá ontem e deve estar agora a começar o segundo concerto desta passagem por terra lusa. O meu caminho não foi para lá mas, para marcar a sua passagem por cá, deixo-vos esta música que gosto muito e desejo-vos uma excelente semana!



Ah e eu que não sei dançar...mas ainda não perdi a esperança de aprender...
Talvez encontre um dia um par... que proporcione isso acontecer...



sábado, 1 de fevereiro de 2014

Fomos à inspecção!


Hoje, logo de manhã, chego à garagem e ouço:
- Onde vamos Mãe Bela?
- Ó minha latinha, vamos à inspecção!
- Outra vez? Mas ainda o ano passado lá fomos...
Fez-se silêncio. E eu a pensar como o tempo passa... parece que ainda foi ontem que a adoptei... Chegámos lá e, discussão atrás de nós com donos de outras latinhas que ainda tentaram discutir connosco também  porque - diziam - estavam primeiro e porque a fila não era aquela e porque o catano, mas a fila era efectivamente aquela e nós não roubámos a vez a ninguém e a inscrição e inspecção foram feitas num instante. À saída entregaram-nos o diploma com o resultado de aprovado com distinção e louvor e relembraram-nos com um - Até para o ano! - que daqui a doze meses temos que lá voltar.
- Ó Mãe Bela! Mas isto agora é assim??? Temos que vir cá todos os anos???
- Tu apruma-te latinha! Estás no 9º ano e começa a pensar que curso universitário queres tirar!
- Curso? Mas qual curso?
- Então... depois do 12º ano vais fazer o quê? 




Lá seguimos o resto da viagem... a pensar, ou não, no assunto...



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