... de Portugal é a nossa língua mãe!
Os estrangeirismos foram-nos injectados pela mente dentro. Há muito que se pode considerar que invadiram a língua portuguesa, fazem parte do nosso dia-a-dia, do nosso vocabulário. Na sua maioria vocábulos com origem na língua inglesa e francesa. Têm crescido como cogumelos nas matas em tempo de outono. Confesso que sempre lidei bem com eles, que faço uso de uma boa dose deles e que sem eles... ficaria muitas vezes embaraçada.
O que seria de nós sem termos como por exemplo: marketing, know how, atelier, bungalow, shopping, croissant, link, t-shirt, site, share, coffee-break, fast-food, e muitos, muitos mais.
Entranharam-se de tal maneira que se tornaram em linguagem corrente!
Com a evoluçãos dos tempos e consequente transformação progressiva das mentes, outros vocábulos têm surgido, a partir da malta jovem e que por convivência, até muitos adultos os utilizam. Quem não ouviu e até repetiu, a princípio com uma certa relutância, termos como: bué, bazar (no sentido de ir embora), dahh, yah, tasse, fonix, dasse, e muitas outras mais que agora não me lembro? Pois... também eu me rendi a elas.
Primeiro estranham-se, mas depois entranham-se!
Temos também a famosa gíria popular, as palavras derivadas com sentido irónico, as expressões castiças, os termos técnicos... enfim... um vocabulário extenso e rico que nos caracteriza como portugueses que somos.
Usamo-las na oral e na escrita, conhecêmo-las tão bem!
Agora, querem mudar isto tudo! Querem uniformizar a língua portuguesa de Portugal com a língua portuguesa do Brasil! E eu, e muitos de nós não aceitamos! Não que tenha algo contra o português que se fala e escreve no Brasil, até gosto, acho piada! Gosto da diferença da língua, da diferença das culturas. E é essa diferença que vou fazer questão de manter.
