Os Meus Artigos

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Português...

... de Portugal é a nossa língua mãe!

Os estrangeirismos foram-nos injectados pela mente dentro. Há muito que se pode considerar que invadiram a língua portuguesa, fazem parte do nosso dia-a-dia, do nosso vocabulário. Na sua maioria vocábulos com origem na língua inglesa e francesa. Têm crescido como cogumelos nas matas em tempo de outono. Confesso que sempre lidei bem com eles, que faço uso de uma boa dose deles e que sem eles... ficaria muitas vezes embaraçada.

O que seria de nós sem termos como por exemplo: marketing, know how, atelier, bungalow, shopping, croissant, link, t-shirt, site, share, coffee-break, fast-food, e muitos, muitos mais.

Entranharam-se de tal maneira que se tornaram em linguagem corrente!

Com a evoluçãos dos tempos e consequente transformação progressiva das mentes, outros vocábulos têm surgido, a partir da malta jovem e que por convivência, até muitos adultos os utilizam. Quem não ouviu e até repetiu, a princípio com uma certa relutância, termos como: bué, bazar (no sentido de ir embora), dahh, yah, tasse, fonix, dasse, e muitas outras mais que agora não me lembro? Pois... também eu me rendi a elas.

Primeiro estranham-se, mas depois entranham-se!

Temos também a famosa gíria popular, as palavras derivadas com sentido irónico, as expressões castiças, os termos técnicos... enfim... um vocabulário extenso e rico que nos caracteriza como portugueses que somos.

Usamo-las na oral e na escrita, conhecêmo-las tão bem!

Agora, querem mudar isto tudo! Querem uniformizar a língua portuguesa de Portugal com a língua portuguesa do Brasil! E eu, e muitos de nós não aceitamos! Não que tenha algo contra o português que se fala e escreve no Brasil, até gosto, acho piada! Gosto da diferença da língua, da diferença das culturas. E é essa diferença que vou fazer questão de manter.





domingo, 28 de novembro de 2010

Sunday's Music

Sem palavras...



... apenas a musica, que adoro! :)

sábado, 27 de novembro de 2010

Uma pizza "du best"...

... e a decisão bimbólica!

Na sequência dos post anterior, uma das demonstrações apresentadas foi a massa para pizza. Feita num abrir e fechar de olhos, levedada em pouco tempo e excelente. Comparando com a massa que faço habitualmente na MFP, não tem nada a ver. É super rápida, leveda em pouco tempo, estende-se fácilmente e fica alta e muito fôfa. Guardei-a no frigo de ontem para hoje. Tirei-a cerca de uma hora antes de a utilizar, estendi-a sobre papel vegetal directamente no prato-forma de cozer pizzas com a ajuda do rolo da massa sem que se pegasse ao dito nem às minhas mãos. O recheio foi ao meu gosto. Farinheira. Uiiii!!!

PIZZA DE FARINHEIRA


massa de pizza qb
polpa de tomate qb
oregãos (muito)
queijo mozzarella ralado
2 farinheiras do Fundão
azeitonas pretas descaroçadas e cortadas em rodelas

Estendi a massa para pizza sobre papel vegetal directamente na forma de ir ao forno. No centro, deitei a polpa de tomate que com a ajuda de uma colher, espalhei em círculos até à orla. Povilhei com bastantes oregãos e depois com queijo ralado ocupando toda a superfície da massa. Enquanto isto, levei ao micro-ondas as duas farinheiras por dois minutos, para poder retirar-lhes fácilmente a pele. Esfarelei-as sobre o queijo, numa camada bem alta e bem preenchida. Salpiquei por cima com mais oregãos, azeitonas e finalmente, mais queijo ralado.


Forno pré-aquecido a 180º e tabuleiro lá para dentro cerca de vinte cinco minutos.


O resultado, não poderia ter sido melhor!!! Du best!!!

Agora a parte difícil. Tenho visto pela blogoesfera muito daquilo em que a bimby é excelente, sobretudo a sua eficiência no aproveitamento de tempo e na rentabilidade de confecção de tão variadas iguarias quase em simultâneo. Rendi-me completamente às faculdades desta máquina.

Mas, há sempre um "mas"!... Lamento mesmo muito, não estar, presentemente, ao meu alcance a sua aquisição. O preço é excessivo e, apesar das facilidades de pagamento, não faz parte de mim nem da minha condição financeira, adquirir um bem que não é essencial sem saber se terei sempre condições de cumprir com o fraccionamento apresentado. Por outro lado, também sei que não iria usar diáriamente, pois tenho uma forma muito própria, organizada e prática de cozinhar e gosto dos tachos e das colheres de pau. Gosto de levantar a tampa e mexer, provar, deixar apurar mais ou, menos, gosto do tradicional, como aprendi e sempre cozinhei e, também tenho há mais de quinze anos, um conjunto em aço da IMCO Waterless que me permite cozinhar mais rápido do que com outro tipo de tachos e também a cozedura a vapor. Para além de toda umas parafernália de pequenos electrodomésticos que desempenham as suas funções e me ajudam bastante.

A menina que me fez a demonstração, chama-se Rita e é de cá, de Leiria. Não tem nada a ver com blogues de culinária e contou-me que adquiriu a máquina há dois anos. Foi nessa altura que se tornou demonstradora/vendedora para a pagar. Contou-me também que se fascinou pela cozinha, coisa que não gostava, e que faz este trabalho com muito gosto, foi notório, e em regime de part-time. É uma menina novinha e super simpática.

Por agora não, mas talvez, quem sabe... noutra altura. Ah e fica sempre a esperança de que "alguém" me queira presentear com a Famosa Bimby ;)


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Jantar Bimbólico

Há já muito tempo que sou aliciada para receber em casa demonstrações de tudo e mais alguma coisa. Aspiradores que aspiram a carteira aos potenciais compradores, máquinas que diz que purificam a água da torneira, produtos de limpeza milagrosos e, claro, os famosos robots de cozinha de que tanto se fala. Sempre fui resistente a este tipo de ofertas. Quando necessito desse tipo de utilidades para a tasca procuro-as nos estabelecimentos da especialidade. Não admito que me entrem pessoas estranhas porta adentro na tentativa de me impigir o que quer que seja, não gosto nem tenho paciência.

Abri uma excepção à regra por mim imposta e de livre vontade fechei a paciência na gaveta e abri a porta a uma menina muito simpática, que por intermédio de uma amiga, me contactou no sentido de me fazer o jantar e me deixar a cozinha arrumada.

- Boa ideia! Estou mesmo a precisar de desanuviar dos tachos e ver coisas novas!

Ingredientes aprontados num tabuleiro. A campaínha toca. E chega ela de trolley. Ar fresco e sorriso estampado no rosto que deu gosto.

Conversa de introdução às funções do aparelho. Preparação dos alimentos e... mãos à obra, que a máquina faz quaaaase tudo sózinha!

Tive a oportunidade de assistir ao vivo e a cores a algumas potencialidades do aparelho. Muito bom, sem dúvida. Mas o melhor mesmo, foi saborear esta lasanha de espinafres com carne.


Não sei se ficou bem boa por ter sido feita na Bimby, se pela qualidade dos ingredientes, se pela mão da demonstradora, se... pelo apetite...
Ah!!! E querem saber se a tasca se rendeu ao mundo bimbólico???

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sabores de Outono...

... à mesa da tasca!

Lá fora está frio, e até sabe bem. Entra-se na tasca e o ambiente é de conforto. Soltam-se os agasalhos, calçam-se as pantufas fofinhas.

- Hummmm!!! Que consolo!!!

Acende-se a lareira. Sente-se no ar aquele aroma das pinhas a atear a lenha de oliveira e sobreiro, o crepitar das brasas, o vício de olhar aquela chama amarelada com nuances azuis, verdes e douradas, o calor natural... Que bem estar! Que voluptuosidade de jantar!

STROGONOFF DE PERÚ COM GAMBAS EM CAMA DE CASTANHAS


4 bifinhos de perú cortados em tiras
1 cebola roxa
3 dentes alho
azeite qb
sal qb
2 colheres de sopa de polpa de tomate
1/2 copo vinho branco
200 ml molho bechamel
cebolinho
400 gr camarão cozido e descascado
800 ge castanhas congeladas

Cortei os bifinhos em tirinhas e temperei com sal. Piquei a cebola juntamente com os alhos e levei ao lume em azeite a cozinhar um pouco. Juntei a carne a alourar de ambos os lados, depois a polpa de tomate e o vinho branco. Enquanto a carne cozinhou, cozeram-se as castanhas em água e sal que depois foram escorridas e espalhadas no fundo de um pirex, descasquei e cortei os camarões na longitudinal. Adicionei-os à carne e de seguida o molho bechamel e o cebolinho cortado miudinho envolvendo tudo muito bem. Deixei apurar breves minutos, deitei sobre as castanhas e polvilhei com mais cebolinho.

A acompanhar, um tinto Currais de 2008.

Reacção das duas filhotas, as cobaias: Sublime!!!


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Lareira acesa...

... e aquecimento ligado!


Mas é aqui que eu estou bem! Tão quentinho!


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Estes ultimos dias...

... a vida na tasca tem oscilado entre momentos zen, momentos diabólicos, momentos surpreendentes, e momentos azarentos!

Não vou aqui fazer a resenha dos acontecimentos senão isto nunca mais acaba, só vos digo que os bons, foram mesmo muito bons e, os maus... do mal-o-menos.


Hoje, enquanto arrumava a cozinha depois do almoço, uma voz soprava-me aos ouvidos:


- Faz uma sobremesa rápida para o jantar das miúdas!


Olhei em volta e não vi ninguém. Só os gatos estavam comigo em casa, e dormiam enroscadinhos uns nos outros, num sono bem profundo.


- Vá lá... compraste aqueles pacotinhos de Flan Chinês... faz isso num instante para o jantar das miúdas!


Certifiquei-me de que não estava mesmo mais ninguém comigo, quando de repente... sinto a Miss Piu a trepar pelos meus chinelos acima.


- Uh! Piu?! És tu... já nem me lembrava que andavas aqui.


Uns assobios valentes de satisfação ecoaram e, com a ajuda do bico, ela sobe pelas minhas calças acima, descansa uns segundos na minha cintura e retoma a subida até ao ombro... onde já instalada e depois de umas beliscadelas nos meus brincos, solta um reportório de fazer inveja à sua dona que nem assobiar sabe.


- Ahhhh!!! Com que então eras tu que estavas para aí a buzinar???
- Piu!BuíBuíííúuuu!


Desde o início da passada semana que tenho cá a minha filhota "adoptiva", a Ritinha! Sim, neste momento tenho duas filhotas com o mesmo nome, duas Anas Ritas :), uma está a estudar para exames de final de curso e a outra a estudar para provas de pós-graduação. E a Piu, uma caturrinha muito doce e atenta a tudo, sugeriu e muito bem, um miminho para elas que bem merecem. E, enquanto meti a louça na máquina e lavei algumas peças à mão...


FLAN MANDARIN



1 l leite
2 saquetas preparado para Pudim Flan Mandarin
6 colheres sopa de açucar
caramelo líquido qb

Do litro de leite, retirar um pouco para misturar no açucar e no pó da mistura para pudim. O restante, levar ao lume até ferver. Juntar o preparado. Esperar que levante fervura e deixar cozer cerca de três minutos mexendo sempre para não pegar. Enquanto isto, passei por água fria seis copos de vidro com tampa que guardei de iogurtes de uma marca que adoro, e que costumo usar também para a minha iogurteira. Escorri-os e deitei no fundo de três um pouco de caramelo líquido e os resantes três sem caramelo. Por cima, deitei o pudim até ficarem bem atestadinhos. Deixei arrefecer, cobri com a devida tampa e levei ao frigo.

Ao final da tarde apareceu outra "filhota" minha, a Nadyta!(sim, tenho mesmo muitas, e muitos, e sou uma mãe babada!) Jantámos as quatro uns belos bifes de cebolada com puré de batata. No final da refeição, viro-me para elas:

- Meninas! Fruta ou iogurte?
- Iogurte??? - todas em coro e bastante confusas. Só porque cá na tasca os iogurtes nunca servem de sobremesa...


Como não escolheram, apresentei-lhes o Pudim Flan Mandarin! Então e não é que para compôr o ramalhete, a Piu, já na sua casinha deixa escapar um valente assobio de alegria!

- Buíííbuuíííúuu!


domingo, 21 de novembro de 2010

Sunday's Music

Ontem no facebook, a minha filhota "adoptiva" dedicou-me uma musica que amo de paixão...




... hoje, deixo-vos a dita como sugestão!

sábado, 20 de novembro de 2010

Trivial...

... em qualquer cozinha!

E, na Tasca não é excepção. Escassez de tempo e ideias não têm permitido grandes aventuras e inovações de avental à frente e movimentação de tachos, panelas e fogão. Por cá andamos numa de refeições ligeiras, cozidos e grelhados com legumes a acompanhar, tudo muito leve e muito simples. Ontem apeteceu variar e, para o almoço, saíu um apuradinho:


ESTUFADINHO DE VITELA COM ARROZ DE LOMBARDA



vitela para estufar qb
2 cebolas médias
2 tomates
2 dentes alho
1 folha louro
1 colher chá de massa pimento
1 copo vinho branco
1 copo água
sal qb
azeite qb

Coloquei a carne no tacho, temperei com o sal e de "enfiada" juntei os restantes ingredientes acima mencionados. Foi ao lume, brando, a estufar lentamente e mexendo de vez em quando e até a carne estar bem tenrinha, bem cozinhada e o molho apuradinho.

Para acompanhar, arroz de couve lombarda. Há quanto tempo eu não o fazia... é tão bom! Nós arrozeiras nos confessamos...

1 cebola picada
2 dentes alho
azeite qb
1 couve lombarda pequena (usei a parte mais clara)
1 colher café de massa de pimento
arroz qb
3 x a medida do arroz de água
sal qb

Num tacho deita-se a cebola picada juntamente com o alho e rega-se com um bom fio de azeite. Deixa-se cozinhar um pouco (sem deixar fritar a cebola). Acrescenta-se a couve previamente lavada e rasgada à mão em pedaços granditos e a massa de pimento. Tapar o tacho e deixar cozer a couve no seu próprio vapor com o lume baixo. Juntar e envolver o arroz lavado e bem escorrido, de seguida a água a ferver. Temperar de sal e cozer cerca de dez minutos com o tacho tapado. Retirar de cima do fogão e deixar repousar um pouco antes de servir.


Um almoço simples que fez as delícias das quatro comensais à mesa :)


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Um dia...


... fantástico! Com uma alegre companhia, na cidade de Leiria!




Rever e passar um dia com uma pessoa Amiga é sem dúvida um dia de muita sorte, de muita conversa em dia, de muita maluqueira, de muita alegria...

Esteve mais do que uma vez programado, mas não acontecia.

- É desta?
- Não, não vai dar!
...
- Será que é desta?
- Uh, não é possível!

E assim se foi adiando até ao dia de hoje. E tinha que ser, nem que chovessem paralelos. E foi, e só caíram uns pinguitos de chuva que em nada atrapalharam. A minha Amiga Guida, natural de Leiria e há muitos anos a viver longe daqui veio visitar-me à cidade que a viu nascer. Conhecemo-nos através desta modesta Tasca. Ela visitava mas nunca comentava, acompanhava-me em silêncio sem que eu fizesse a mínima ideia que ela existisse. Até que um dia me contactou por mail e desde aí nunca mais nos largámos. Podemos estar longe, podemos passar algum tempo sem nos falarmos, mas sabemos que estamos sempre no coração uma da outra.

Foi um luxo passear pela zona histórica da cidade, sem pressas. Tomar um café na Praça Rodrigues Lobo. Almoçar num restaurante apinhado de gente com hora marcada para entrar no serviço e... nós ali, tranquilas, sentadinhas a espetar o talher no bitoque e a exercitar melhor que ninguém a linguagem verbal...

As conversas atropelavam-se, os temas entrelaçavam-se, e os assuntos eram tantos que ficavam pela metade. O dia passou rápido e depressa chegou a hora da Guida ir embora, de regresso a casa.

- Até à próxima! Cá ou lá! Mas com um intervalo mais curto no tempo!




Obrigada Amiga pelo agradável dia, pela pessoa que és, por tudo , e pelo lindo gato com que me presenteaste! Mais um, lindo e diferente, para a colecção da Cenourita!

- Há dias fantásticos não há?


terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Verão das Nossas Vidas

O Verão foi intenso, de temperaturas elevadas demais para o meu gosto, mas já lá vai! O Verão das Nossas Vidas esteve (re)pousado imenso tempo na minha mesinha de cabeceira (isto têm-se tornado num hábito... grrrrr para mim), um dia abria e lia uma página, outro abria e lia meia duzia de linhas, noutro dia abria e conseguia ler um capítulo, mas... o sono apertava e o livro acabava caído sobre os lençóis quando não era mesmo no chão.

- Não gosto nada disto!
- Esta não sou eu!
- Mas que raio... eu sempre fui de pegar num livro e lê-lo de uma assentada!

Não há hipótese! Se ando absorvida com coisas que me consomem, falha-me a concentração para a leitura! Falta-me a vontade! Escasseia-se-me o espaço que necessito! Retirei o marcador ainda nas primeiras páginas, no ínicio da história. Deixei que o livro esperasse por mim, por um ataque meu, voraz de consumição de letras e palavras que se combinassem com a minha vontade de as absorver sem que nada nem ninguém me interrompesse o prazer de viver a história como se fizesse parte dela.


No passado fim de semana, abri-o, na primeira página e só descansei quando cheguei à ultima




Deixo-vos a sinopse...


Capri, uma ilha lendária, mergulhada em sabedoria e mistérios seculares… Uma mulher que aprende finalmente a confiar na vida e no amor… Mãe e filha, separadas durante anos, à procura de uma forma de enfrentarem juntas o futuro…

Há dez anos, Lyra Davis deixou para trás as pessoas que mais amava, incapaz de reconciliar as expectativas da família com as aspirações do seu próprio coração. Agora vive tranquilamente no meio de uma comunidade de expatriados em Capri, aprendendo devagar, com cuidado e pela primeira vez, a viver em pleno, desabrochando graças à amizade de um homem único que reconhece nela a sua alma gémea.

Em Newport, Rhode Island, Pell Davis está preparada para assumir o seu lugar entre a elite local. Porém, tanto ela como a irmã mais nova, Lucy, ainda suspiram pela mãe que as abandonou quando eram crianças, para serem criadas pelo pai que as adorava. Pell acha que conhece os motivos da sua mãe, que julgava poder amá-las melhor se partisse. Mas agora, com o pai morto, Pell decide atravessar o oceano para encontrar a mãe de quem se recorda e as verdades escondidas que Lyra nunca fora capaz de contar…

Sentimental e inesquecível, O Verão das Nossa Vidas revela como um romance improvável dá nova forma ao significado do amor e uma família resiste ao reavivar de memórias para encontrar um novo caminho.

... e só posso dizer duas coisas:

- Adorei! - a escrita, os detalhes, a descrição dos locais.
- Recomendo! - um romance sim, daqueles em que retiramos sempre algo de bom e em que nos "encontramos no papel" de alguns personagens.



domingo, 14 de novembro de 2010

Sunday's Music

Encosta-te a mim...



... hummm... deixa-te ficar... sabe tão bem! :)

sábado, 13 de novembro de 2010

Trazer à memória...


... momentos de outrora!

É natural da existência humana, relembrar ocasiões passadas. Sejam elas de um passado recente ou já antigo. Ficam guardadas numa divisão exclusiva do nosso cérebro. Chamo-lhe a Caixinha das Lembranças. Imagino-a grande, de madeira fina e resistente, pintada de branco por fora e forrada a seda rosa por dentro. Imagino manuseá-la, com jeitinho para não melindrar um grãozinho de pó que possa ter apanhado por descuido. Imagino abri-la e, ouvir uma melodia encantadora, enquanto de dentro sai uma bailarina vestida a rigor, que dança e rodopia sobre si mesma, em bicos de pé, ligeira e graciosa, presenteando-me com o mais belo e sincero sorriso. Designo-a assim, de uma forma muito carinhosa, porque é nela que retenho todas as boas memórias de passagens e momentos que já vivi e é nela que continuarei a guardar religiosamente tudo o que de bom e gracioso a vida me for proporcionando.

Hoje, abri a Caixinha das Lembranças, retirei cá para fora com extremo cuidado um infindável número de coisas, recuei à adolescência, retive o convívio e tardes de estudo com amigos e amigas, as horas dos lanches, as escapadelas para a cozinha e... este bolo que rápidamente batia e punha a cozer na patusca.

BOLO BRAZUCA




4 ovos
8 colheres sopa água
2 chávenas açucar
2 chávenas farinha
1 colher de café de fermento

Batem-se as gemas dos ovos com o açucar, janta-se a água. Depois de bem batido mistura-sea farinha com o fermento e no final, as claras batidas em castelo.
Cozer em forno médio cerca de quarenta minutos. Retirar e desenformar sobre um prato.

Consigo visualizar o bolo daqueles tempos, grande, fofo e com uma ligeira crosta cimeira levemente torrada, consigo sentir o prazer com que o devorávamos com um copo de leite ou uma caneca de chá a acompanhar... Mas, com grande tristeza minha, não consegui que ficasse igual, não consegui sequer que ficasse bonito, não consegui tirá-lo da forma e... tenho o forno cheio de massa queimada. Cresceu, cresceu, cresceu... transbordou da forma. A Tasca está impregnada do cheiro a massa queimada, mas não importa, vamos comê-lo à colherada directamente da forma, vamos beber o chá na caneca e... vou ter uma trabalheira a limpar o forno, mas não importa, não tem mesmo qualquer importância. Já valeu pela recordação e vou repetir a dose...

Ah! Acho que o problema foi mesmo do forno, se tivesse sido cozido numa patusca isto não aconteceria! Será?



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dia de S. Martinho

(imagem retirada da internet)


Olhem olhem, a boa da castanha assada
Bem quentinhas e com sal
Apanhem lá uma barrigada
Que não faz nenhum mal

Façam um incursão à adega
Nem que seja do vizinho
Que a chaminé já fumega
E provem também o vinho

Hoje é dia de festa para o povo
É o dia de S. Martinho
Dia de provar o vinho novo
E comer castanhas ao quentinho!


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Noc noc noc...

... noc noc noc!

Batia eu à porta da Cozinha da Lua Amiga. Insisti, insisti... e nada. Chamei pela Silvia. E nada! A porta estava entreaberta.

- Hummm... que cheirinho no ar... O que estará a Silvia a cozinhar?

Voltei a chamar, mas a cozinheira devia estar entretida noutro local da casa e não me ouvia. Uma súbita corrente de ar fez com que a porta se abrisse de par em par, a máquina de fazer pão dava sinal de tarefa terminada. Piiii! E um divinal aroma pairava no ar...

- Laranja!!! Hummm... apetece-me!

Na ponta da bancada, mesmo juntinho à porta que se abrira com a deslocação do ar, um papelito esvoaçava. Chamei por ela mais uma vez, e nada. Dou meia volta para regressar à Tasca e, o papelito cai-me aos pés. Peguei nele para o pousar ali ao lado, reparei no que estava escrito e bem destacado, letra maíuscula sublinhada a vermelho. Relacionei aquelas letras gordas com o olfacto que se sentia sair porta fora, tirei da minha carteira o livrinho que sempre me acompanha, procurei a caneta no meio da tralha habitual das malas femininas e, copiei a receita.


PÃO DE LÓ NA MFP



6 ovos
raspa e sumo de 2 laranjas
250 gr de manteiga (usei apenas 150gr)
2 c. chá sal
250 gr de açúcar
550 gr de farinha de trigo
10 gr fermento granulado

Colocar os ingredientes acima mencionados, por ordem, na cuba da máquina.Seleccionar o programa adequado para bolos iniciar a marcha e esperar que a máquina faça tudo sózinha. Servir morno ou frio.

Desculpa Silvia, não te ter deixado um bilhetinho, mas... fiquei sem tinta na caneta! ;)



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tão aconchegadinhos...

... eles estão!



Coisinhas mai lindas da minha dona babada! Chega a casa e tem a Familia Felina Feliz a numire!


domingo, 7 de novembro de 2010

Sunday's Music

Para recordar "Quando queríamos ver Portugal" na CEE...



... e para deixar uma sugestão aos músicos nacionais!

- Inventem lá uns sons achinesados mas com uns acordes de guitarra portuguesa pelo meio e, apliquem-lhe uma letra mais ou menos assim:

Na rádio
Na tv
Nos jornais
Quem não lê,

Portugal
Foi uma nação
Que o mundo
Conquistou
Perdeu colónias
De arrastão
E, lá se afundou...

À boleia
Dos chineses
Lá vamos nós
De olhos em bico
E sorriso amarelo...

E agora,
O que nos resta
Se já com eles levamos
A todo o canto
Isto é que vai ser
Vamos ter tudo
O que desejamos

O TGV
E as scut's pagamos
Novo aeroporto
Desembolsamos

Pelo caminho
Ainda nos cruzamos
Com os boys
E com os jobs
Outros que tais
Lamentamos

Não há nada
A fazer
Aguentai povo
Vamos ver...

sábado, 6 de novembro de 2010

Eu penso...

... eu troco, eu parto, eu baralho e, depois dou!!!... Logo, existo!!!



- Fechaste o carro?
- Hummm!!! Penso que sim, mas... Não me lembro...
Bora lá voltar atrás e confirmar. Estava fechado! Uf!!!

- Então e agora onde é que estão os panos de limpeza?
- Passaram para o segundo cesto do carrinho à esquerda, na despensa!
Quem me manda a mim andar sempre a trocar o sítio das coisas!!!

- Qual destes melões é que está melhor para partir agora?
- Não faço ideia! Vê lá o que diz na parte de baixo!
Sim, os melões deviam trazer uma etiqueta a informar o dia exacto para consumir!!!

- Em que dia calha o S. Martinho?
- Humm... hoje são 6... e sete... treze... hummm... É domingo!
Vê-se bem que não sei a quantas ando!!!

- Que horas são?
- Onde? No relógio de pulso, no da cozinha, no do telemóvel ou no do pc?
Ainda não houve oportunidade de acertar a "relojoaria"!!!


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Arroz de Lulas

O arroz está para mim tal qual eu estou para ele... sempre pronto a "marchar", cozinhado de toda e qualquer forma. Vai muito bem com tudo. Carne, peixe, enchidos, moluscos, crustáceos, legumes, doce... e até sem mais nada. Com um prato de arroz, eu sou feliz!!! Eheheheh ;)


1 kg lulas (limpas)
1 cebola grande
3 dentes alho
2 tomates limpos de pele e graínha
1 dl vinho branco
1 dl água
1 colher café massa pimento
azeite qb
sal qb

Esta maravilha não tem nada que enganar nem atrapalha nenhuma cozinheira. É só pegar no tacho, colocar os ingredientes acima lá dentro, ligar o fogão e esperar que cozinhe naturalmente. Convém dar uma mexidela de vez em quando, não vão as lulinhas alaparem-se no fundo do tacho e se necessário acrescentar mais um pouco de água a ferver.

arroz qb
salsa picada qb
água (2 x a quantidade de arroz)

Depois das lulas cozinhadas, junta-se o arroz e deixa-se cozinhar um pouco no caldo do guisado, acrescenta-se a água fervente, rectifica-se o sal, deixa-se cozer sem abrir muito, retira-se do lume, polvilha-se com salsa picada, e...


... directamente para o prato antes que arrefeça!!!



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Normal, azul, expresso...

... ou será melhor por mão própria???

Dependendo do objecto e da sua proveniência, ora essa!

Neste caso, teria sido muito melhor por mão própria! Primeiro, porque o objecto teria chegado à tasca em excelentes condições. Segundo, porque teria tido a oportunidade de esmagar esta abóbora com um brutal abraço!

Ora, um destes dias, estava aqui a Cenourita muito concentrada no seu trabalho e eis que o fax dá sinal de recepção. Confesso que até me assustei. No silêncio da minha atenção ao que fazia, aquele som que já raramente se ouve, fez-me saltar na cadeira. Isto hoje em dia chega praticamente tudo por via electrónica, e tão em silêncio que, à mais leve distracção até passa despercebido. A curiosidade espontânea de conhecer tal missiva, fez-me quase cair da cadeira. Retiro a folha, passo as vistas pelo conteúdo cheio de falhas na impressão (falta de uso do aparelho) e fico completamente baralhada...

- O quê? Mas o que é que é isto?

Reparo no nome do remetente, mais indignada fiquei.

- Do Pinóquio??? Lá de Paris de França???

A muito custo consegui perceber que se tratava de uma confusão. De que o Bugs Bunny o tinha contactado para saber o paradeiro de uma tal Cenourita que se tinha pavoneado não sei onde e que tinha recusado um convite seu para jantar e que, como se isso não bastasse, ainda lhe tinha ido parar às patas, uma encomenda ao legume endereçada e, remetida de Alcochete City. Este tipo de assunto não me suscitou qualquer valor, amarfanhei o papel e deitei-o ao cesto.

Entretanto, e com muita frequência, mesmo muita, a supracitada Abóbora só me falava em massa folhada. Ela era massa folhada pr'áqui, massa folhada pr'áli...

- Ohpah! Pára! Não me fales mais em massa folhada que eu ando enjoada!

Mas... calá-la??? Xiii... quase m'apetecia fatiá-la e fazê-la em sopa!!! Até que um dia, me deparo com um aviso para levantar uma encomenda na estação de correios. Ao que lá constava, já esperava na minha caixa postal há dois dias. Meteu-se o fim de semana e mais o feriado e na terça feira logo de manhã, lá vai a Cenourita levantar o pacote. Mas... qual pacote qual quê? Ninguém sabia onde ele "morava"! Abóbora e Cenourita já faziam uns filmes danados, que não se podem contar agora e aqui, porque ainda há menores acordados! Blá blá blá com a menina que me atendia e ela já sem saber o que fazer, pois a encomenda estava registada no sistema e fisicamente não aparecia em lado nenhum. Deixei o meu contacto e logo que a massa aparecesse eu seria informada e iria levantá-la.

Hoje, logo a seguir ao almoço, recebo a chamada dos CTT.

- Boa tarde! É a xô dona Cenourita?
- Boa tarde! Sou sim, sefaxabori...
- Olhe, daqui é dos correios e é só pa dizer que afinal ninguém comeu a massa. Já apareceu e está fedorenta e tanto!!!

Dei andamento rápido ao que me prendia e assim que pude, lá estava eu, ao balcão dos CTT a receber o embrulho, preso por dois dedinhos de uma mão dela, com outros dois, da outra mão a tapar os orificios nasais...

Chegada à tasca, trato de abrir, e...

... para dez dias fora de refrigeração e passeio sabe-se lá bem por onde... até que nem estava nada mal!!! O odor é que estragou mesmo tudo!!!




Enfim... não liguem!!! Isto de Abóboras e de Cenouras pode esperar-se de tudo!!! ;)



terça-feira, 2 de novembro de 2010

A tradição...

... já não é o que era!

Completamente falso! Porque se é tradição é para dar continuidade, é para fazer acontecer, é para perpetuar! Mas... também se pode alterar a tradição um bocadinho, ou interromper, não acham?

Eu sou pela tradição! Inúmeras vivências que fazem parte da nossa cultura, dos nossos hábitos e costumes, dos nossos valores éticos e morais, que, de gerações passadas nos foram legadas e que tendenciamos a transmitir às gerações vindouras, há muitas de que eu não abdico. Outras há que, por vicissitudes da vida, pela minha minha maneira de ser e estar, por herança ou por puro desconhecimento, não pratico. Sucessivamente, cada um de nós cria as suas próprias tradições. Eu então, devo ter alma de criadora. Tenho criado um portentoso número delas, mas sobre isso, falarei aqui noutra altura.

Tudo isto para vos dizer que, nesta época do ano, uma das tradições gastronómicas desta singela tasca de família, são as Merendeiras de Batata Doce, que se fazem em basta quantidade para consumo interno e para oferecer aos amigos e família. Mas, este ano a cozinheira da tasca resolveu interromper o costume. Por um lado, uma tendinite no ombro esquerdo resolveu dar sinal de que existe, por outro, a santa preguiça também decidiu aparecer sem ser convidada, o que tornou inviável toda a tarefa de confeccionar as ditas. Perante percalços destes e não aceitando deixar passar a data sem um bolinho típico desta altura, a cozinheira decidiu-se por uns queques de noz... Perfeitos!


QUEQUES HÚMIDOS DE NOZ



250 gr açucar
6 ovos inteiros
100 gr farinha
1 colher sopa fermento pó
250 gr manteiga
2 dl leite
250 gr nozes sem casca

Misturar os ovos com o açucar e bater muito bem até obter um creme bem fofo. Juntar a farinha com o fermento e de seguida, a manteiga derretida. Acrescentar o leite, misturar muito bem. Por fim juntam-se as nozes grosseiramente picadas na 123 (uma parte fica sempre quase moída e outra em pedaços grandinhos) e envolvem-se bem na massa.

Untam-se formas para queques com um pouco de óleo ou margarina e polvilham-se com farinha. Verte-se o preparado até mais ou menos 2/3 da altura das formas. Levam-se ao forno, pré-aquecido a 180º cerca de 15 minutos. Depois de cozidos, retiram-se muito facilmente e colocam-se em formas de papel.



Esta receita dá para 24 queques, eu fiz 12 formas de queque e a metade da massa sobrante deitei numa forma de tarte devidamente untada e saíu também uma Tarte Húmida de Noz. A massa fica bastante liquida, o que confere uma excelente textura húmida depois de cozidos.



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Grande e bem saboreado...


... este fim de semana!

Com mau tempo por todo o território nacional, chuvadas intensas, muita ventania e o primeiro nevão da época a cair na Serra da Estrela. Mudou a hora para o horário de inverno, de repente demos conta que já era de noite e, soube bem!

Soube bem estar no recato do lar. Soube bem sentir o quentinho das mantinhas no sofá. Soube bem ficar na cama acordada até mais tarde a ouvir a chuva e o vento lá fora. Soube bem cozinhar refeições aconchegantes e sentir os aromas no ar. Soube bem descascar e comer nozes e figos secos. Soube bem ler. Soube bem escrever. Soube bem ouvir musica.


Hoje, primeiro dia do mês de Novembro, Dia de Todos os Santos e do Pão por Deus, acordámos ao som do toque da campaínha e com um sol lindo a brilhar de nascente. Excelente dia para as crianças andarem de porta em porta de saca na mão. Tinha já preparados cestos com guloseimas para dar às crianças, rebuçados, chocolates e chupa-chupas. É uma tradição antiga nesta zona do país, as crianças saem à rua com uma saquinha de pano, batem às portas, tocam às campaínhas e pedem o Pão por Deus. Nos meus tempos de criança, até me regalava com este dia, davam guloseimas, castanhas, nozes, figos secos, rebuçados, maçãs, merendeiras e por vezes um ou dois tostões, era uma festa. Nos tempos de hoje são muito menos as crianças a tocar à porta, mas fico contente por aparecerem algumas, de sorriso rasgado, saquinha aberta, e:

- Tia dá bolinho?
- Tomem lá meninos!

Agradecem com um brilhozinho no olhar e voltam costas bem rápido, para tocar a outras portas e não perderem tempo... Outras tocam e desaparecem num ápice, nem me dão tempo de pegar no cesto e chegar à porta.

- Meninos! Meninos! Meninos! - chamava eu, mas já estavam nos andares de cima e não voltaram atrás.

A um grupo de três, dois meninos e uma menina, com cerca de sete ou oito anitos, perguntei-lhes:

- Então meninos! Muito bolinho? Muitas guloseimas?
- Nã! Nem por isso! Está fraco!

Viraram costas satisfeitos e deixaram-me a pensar... Realmente! Há muita gente que não abre a porta e não dá nada! É certo que a vida não está fácil, mas sentir a alegria estampada no rosto destes miudos, vale tudo, e por meia dúzia de euros que se gastem, vale ainda mais do que tudo! E, a firmeza com que eles afirmam a comparação com anos anteriores. Pequenitos de corpo e idade, mas... bem desenvolvidos de consciência!


Soube bem! Soube mesmo muito bem!



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