Sopa de Espinafres

Água ao lume na panela

Batata, cenoura e cabeça de nabo

Muita cebola à rodela

Tudo descascado e bem lavado

Ao longo da cozedura

Os espinafres são arranjados

Com carinho e ternura

E em vinagre bem lavados

Com a varinha mágica

Desfaz-se em puré

É uma receita muito prática

Que qualquer um faz sem banzé

Juntam-se os legumes

Muito bem escorridos

E sem quaisquer ciúmes

Esperam os maridos

Começa a levantar fervura

Baixa-se o lume, deixam-se cozer

Está chegada a altura

De com a colher de pau, mexer

Tempera-se de sal

E prova-se com cuidado

Uma queimadela acidental

Pode ser muito complicado

Ainda há a juntar

Um bom fio de azeite

Que vai condimentar

E não servir de enfeite

Haja fome ou apetite

Na mesa este prato de sopa

Previne-se a celulite

E alimenta-se bem a boca

O estômago fica aconchegado

Com mais qualquer coisita

É também adequado

Para levar na marmita

Come-se num prato fundo

E até numa tigela

É apreciado em todo o mundo

E custa uma bagatela

Convém ter uma colher

Para o caldo não entornar

Também se pode beber

Ao almoço e ao jantar

É uma sopa muito apreciada

Na Tasca da Cenourita

Por graúdos e pequenada

Ao almoço ou à noitita!

Os ingredientes desta sopa

Estão todos neste poema

As quantidades definem a tropa

Consoante o sistema

Usei três peças de cada

Que a panela era pequena

Não foi preciso mais nada

Somos menos que uma dezena

E agora para acabar

Desculpa Ana Carina!

A receita estava a demorar

Mas não te esqueci, linda menina!