... será que agora, em pleno Inverno, com tanto frio e chuva a rodos, lhes colocaram um gorro?
Foi nas minhas férias do passado verão, meados do mês de Setembro e temperaturas na ordem dos 35º que fui passear até à beira do Tejo. Incursão que me levou aos mais variados sítios, alguns recônditos, a apreciar a beleza do leito do rio, dos seus contornos junto às margens e às ilhotas que se faziam descobrir pelo meio e pelo baixo caudal, de quem nele se aventurava em brincadeiras de barco, canoa e belas chapinhadas naquelas águas calmas, límpidas e mornas. Descalcei os chinelos, arregacei as calças e não resisti a molhar os pés, chapinhar um pouco e refrescar-me também. De máquina fotográfica ao pescoço, como eu adoro, fotografei tudo o que mexia e também não deixei escapar a quietude que me ia aparecendo frente às vistas que juntamente com o coração, absorviam e se deliciavam naqueles momentos de plena felicidade. E são momentos assim que ficam para sempre eternizados na memória de quem os absorve com deleite. Não se esquecem e jamais se apagam da memória. Mas hoje, ao sentir-me enfadonhamente cansada de Inverno, lembrei-me das árvores do jardim da vila de Constância, perguntei-me se também se sentem fartas de inverno, se continuam protegidas do frio... e deu-me uma vontade enorme de as visitar e ao mesmo tempo certificar-me se neste tempo decorrido alguém lhes tricotou e colocou um gorro...
Achei a idéia giríssima. Louvei a criatividade!
E tenho saudades do Verão...
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