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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Diz que há intolerâncias...


... que estão na moda! Dizem!

Eu cá não sei porque eu não percebo patavina de modas. De intolerâncias, a coisa muda de figura. Também não percebo, ou não estou preocupada em perceber, vá!, qu'isso não acrescenta nada de bom aos meus dias, por isso prefiro fazer o esforço de as ignorar, apesar de, algumas me conseguirem revolver as entranhas enquanto as digiro, e só depois de tudo bem revolvido e parcialmente digerido, lá me decido a arrepiar caminho antes que se faça tarde. 

Contudo, uma pessoa, não anda sempre prevenida contra os mais diversos tipos de intolerância e, certas alturas, resta-lhe respirar fundo trinta e sete vezes, abanar o esqueleto para aí umas cinquenta e duas vezes e, por fim, se conseguir, fazer o pino.

Ora a única técnica que tenho treinado tem sido a da respiração, e atesto por minha experiência, tão grande experiência, que trinta e sete vezes não chegam para tratar as ditas e daí a dose tem vindo a aumentar de tal maneira que já nem contar os respiranços, consigo. Perco-me nos números. Abanar o esqueleto afim de sacudir essas malvadas, nem me atrevo... Ainda me saltam peças e depois montá-las no sítio certo deve ser complicado e, arriscar a que sobrem algumas não me parece prudente pois então é que nunca mais poderei, sequer tentar, fazer o pino.

São dois os tipos de intolerância a que me refiro. A intolerância alimentar e a social. São distintas, bem sei, mas existe algo em comum entre elas que se chama "tratamento".

Da alimentar, não sei exactamente se sou intolerante. Apenas sei que os produtos lácteos me provocam transtornos digestivos. E logo a mim, que sou uma perdida por queijo de todas as espécies nacionais e internacionais e se houver queijo no espaço, até as espaciais marcham.

O tratamento que lhe aplico é doloroso qb. Evitar. Só provar. Só cheirar. E tem dias que é de choque. Vou eu descansadinha da minha gulosice de faca em riste para aparar aquele pedaço que se está a rir para mim e ouço logo: - Não comas queijo! Vais ficar mal disposta! - E eu acato a recomendação e lá me distraio com outra petisquice qualquer e depois, viro-lhe as costas e esqueço-me por momentos que os queijos existem e... tudo tranquilo.

Da social, não sei propriamente se já estou intolerante, se estou pré- intolerante, se estou só cansada ou enfastiada. Apenas sei que ultimamente me têm entrado olhos e ouvidos adentro umas quantas cenas que me têm provocado uma desmesurada urticária cerebral. 

O tratamento, à partida, deveria ser super simples... nem exige sacrifício no que toca à gulosice nem nada!
Aguarda-se que a prescrição médica actue e/ou que, ao mesmo tempo, eu consiga resolver possíveis conflitos internos e mande assim urgentemente as comichões cerebrais para os infernos.

É isso! Agora fez-se luz! E se, em vez de enfiar químicos goela abaixo eu enfiar na mioleira que se não pudesse comer aquele quadradinho de chocolate que tão bem me sabe antes do café... hummm... 



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